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Com 10 meses de seca, fazendas em Itapetinga viram 'cemitérios' de gado

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Com 10 meses de seca, fazendas em Itapetinga viram 'cemitérios' de gado

Atingindo há 10 meses a região de Itapetinga, a estiagem prolongada no sudoeste da Bahia tem provocado a morte de milhares de bovinos, gerando impacto na produção de leite e demissões [Leia mais...]

Com 10 meses de seca, fazendas em Itapetinga viram 'cemitérios' de gado

Foto: Reprodução/ Sudoeste Hoje

Por: Alaine Brasil no dia 30 de junho de 2016 às 17:03

Atingindo há 10 meses a região de Itapetinga, a estiagem prolongada no sudoeste da Bahia tem provocado a morte de milhares de bovinos, gerando impacto na produção de leite e demissões. O município é uma das 149 cidades que estão em situação de emergência por causa da seca do estado, considerada a pior dos últimos 30 anos, fazendo com que fazendas da região se tornem verdadeiros 'cemitérios' de bovinos. O gado morre devido à falta de comida, já que, com a estiagem prolongada, o capim não resiste e a pastagem seca.

A situação é tão grave que, de janeiro até junho deste ano, 30 mil animais morreram na região. "A gente dá duro todo os dias, de sol a sol para alimentar esse rebanho e o rebanho vai só definhando, morrendo, e a gente não pode fazer nada, a não ser esperar a misericórdia de Deus", destaca o pecuarista Aete Cardoso, que diz já ter perdido 100 cabeças de gado.

Quem vive da pecuária não esconde a preocupação com a situação. "A diminuição é muito grande do rebanho, além disso cresce o desemprego na região em função exatamente desta seca. E ainda estamos a quatro ou cinco meses do período de chuva", destacou Edson Nunes.

A chuva fina que caiu nos últimos dias na região não foi o suficiente para amenizar a situação e, além disso, a previsão é de mais estiagem nos próximos três meses. A produção de leite na cidade também foi afetada. Antônio Rodrigues, presidente de uma cooperativa de leite da região, afirma que a captação caiu 60%, o que forçou a demissão de seis funcionários nos últimos meses. "Se persistir [a estiagem], vamos continuar enxugando [o quadro de funcionários]. Ou a gente demite, ou teremos que fechar a fábrica", destacou.