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Baianos e "baianos" que aniversariam com Salvador festejam 468 anos da cidade

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Baianos e "baianos" que aniversariam com Salvador festejam 468 anos da cidade

A cidade contada por Jorge Amado, cantada por Caymmi, pintada por Carybé, clicada por Verger. Lugar de miscigenação, do sagrado e do profano. Fundada como São Salvador da Bahia de Todos os Santos e lembrada como a terra da alegria, Salvador completa nesta quarta-feira (29) 468 anos de muita história. E para os nascidos, criados ou adotados pela primeira capital do Brasil, o pertencimento e a relação com a cidade vem de berço mesmo: elas vieram ao mundo no mesmo dia em que a cidade faz aniversário. [Leia mais...]

Baianos e "baianos" que aniversariam com Salvador festejam 468 anos da cidade

Foto: GOVBA

Por: Luiza Leão no dia 29 de março de 2017 às 14:01

A cidade contada por Jorge, cantada por Caymmi, pintada por Carybé, clicada por Verger. A primeira capital do Brasil.  Lugar de miscigenação, do sagrado e do profano. Fundada como São Salvador da Bahia e lembrada como a terra da alegria, Salvador completa nesta quarta-feira (29) 468 anos. Para os nascidos no dia 29 de março, o pertencimento e a relação com a cidade vem de berço. Criado ou adotado. "Homem, menino, menina ou mulher".

O arquiteto Armando Mendes, 70 anos, é uma dessas pessoas que nasceram no dia do aniversário da cidade. Conta que “sempre foi muito desligado” nas celebrações do seu nascimento. “Eu saía para a faculdade e encarava a data como mais um dia. Quando eu me lembrava não contava a ninguém”, relembra. Entretanto, as comemorações em homenagem a cidade, não lhe deixavam escapar. “Eu acabava ouvindo na rádio as celebrações e aí lembrava. ‘Vixe, hoje é o dia do meu aniversário’”, lembra, aos risos. 

Sergipano apenas de nascimento, Armando fala com orgulho da cidade que o acolheu. “Peguei um afeto muito grande por ter passado minha adolescência e ter casado em Salvador, na igreja de São Bento”, explica. Admirador dos monumentos sacros, o arquiteto diz gostar muito do Pelourinho, no Centro Histórico. “É de uma beleza ímpar”, pontua.

Do Carnaval

Carnavalesco daqueles que tem dendê no sangue, como ele mesmo diz, Iago Ribeiro, 21 anos, conta que não só gosta de comemorar o dia, mas de dividir a data com a capital baiana, pela identificação que possui com a terra natal. “Na época de colégio, quando o professor falava que era o aniversário de Salvador, eu me sentia mais especial ainda”, diz o estudante de engenharia mecânica. 

Para Iago, as festas da cidade fazem com que ele se sinta ainda mais soteropolitano, com destaque para o Carnaval. Fã de Saulo, define Raiz de Todo Bem, música do artista, como um hino da cidade. “Adoro Carnaval. Não fico de fora. Posso até pensar em viajar, mas, quando chega a época, falta coragem”, explica. Além de ser folião, o estudante acredita que sabe viver bem a cidade com passeios no calçadão da Barra e em tantos outros lugares lindos que a Terra de Todos os Santos contempla. 

Soteropolitanas por adoção

Para uma cearense e uma carioca criadas na capital baiana, a palavra que define Salvador é acolhimento. 

Nascida em Crato, no Ceará, Neygilla Campelo, 25 anos, não hesitou quando questionada sobre a relação de pertencimento com a cidade. “O nordestino já é acolhedor e o baiano mais ainda”, diz a administradora, que hoje tem filho baiano nascido em Salvador. Neygilla fala com alegria da cidade que adotou e destaca os espaços abertos, como o novo Parque da Cidade — onde sempre leva o filho para passear. 

Após 14 anos morando em Salvador, a carioca Renata Leão, 32 anos, precisou se mudar para São Paulo, mas não esquece a capital baiana. Não à toa, passa todas as suas férias na cidade que aprendeu a amar. “O meu vínculo é muito forte. Eu me sinto parte daqui. Meu sangue é baiano".