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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Brasil

Estupro no Rio: MP vai analisar pedido de troca de delegado na investigação

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) vai analisar o pedido feito pela defesa da garota de 16 anos, vítima de estupro coletivo em uma comunidade da Zona Oeste do Rio, para que seja feita a troca do delegado Alessandro Thiers, responsável pelas investigações do caso. Segundo as advogadas Eloisa Samy e Caroline Bispo, que representam a jovem, o comportamento do delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), é "machista" e "misógino". [Leia mais...]

Estupro no Rio: MP vai analisar pedido de troca de delegado na investigação

Foto: Reprodução G1

Por: Jessica Galvão no dia 29 de maio de 2016 às 08:36

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) vai analisar o pedido feito pela defesa da garota de 16 anos, vítima de estupro coletivo em uma comunidade da Zona Oeste do Rio, para que seja feita a troca do delegado Alessandro Thiers, responsável pelas investigações do caso. Segundo as advogadas Eloisa Samy e Caroline Bispo, que representam a jovem, o comportamento do delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), é "machista" e "misógino".

As advogadas foram recebidas na noite do último sábado (28) no MP pelo coordenador de Direitos Humanos do órgão, procurador de Justiça Márcio Mothé, e pela coordenadora de Violência Doméstica contra a Mulher, promotora de Justiça Lúcia Iloízio, segundo o G1.

"Eu vim relatar o comportamento do delegado Alessandro Thiers durante o depoimento da adolescente vítima de estupro coletivo. A maior preocupação da DRCI parece não investigar o estupro. Thiers disse que não via materialidade que configurasse estupro. Incomodam a misoginia e o machismo do delegado", disse Eloisa Samy, ao G1.

Para Caroline Bispo, as perguntas feitas por Thiers no depoimento prestado pela adolescente, na última sexta-feira (27), não tinham relação direta com o crime de que ela foi vítima. "Ele quis saber o que ela fez um ano atrás, se ela já fez sexo grupal, se já foi abusada antes. Isso é pergunta que se faça a quem acabou se sofrer abuso?", questionou a advogada.

De acordo com o procurador Márcio Mothé, o pedido da defesa da menor será analisado e encaminhado ao promotor natural do caso, Marcio Nobre, que atua na Promotoria de Investigações Penais. "Se o promotor entender que a conduta do delegado foi inadequada, pode pedir que o inquérito seja desmembrado e a investigação do estupro fique com a DCAV", falou o procurador.