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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Brasil

Delegado não é mais responsável por investigar estupro coletivo no Rio

Com isso, a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), cujo titular é Alessandro Thiers, ficará encarregada de investigar o vazamento das imagens do estupro nas redes sociais, enquanto a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) fica responsável pelo caso envolvendo o estupro coletivo da menor. [Leia mais...]

Delegado não é mais responsável por investigar estupro coletivo no Rio

Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil

Por: Camila Tíssia no dia 29 de maio de 2016 às 14:33

O desdobramento do inquérito sobre o estupro coletivo da garota de 16 anos, no Rio de Janeiro, foi determinado pelo Tribunal de Justiça, na madrugada deste domingo (29). Com isso, a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), cujo titular é Alessandro Thiers, ficará encarregada de investigar o vazamento das imagens do estupro nas redes sociais, enquanto a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) fica responsável pelo caso envolvendo o estupro coletivo da menor.

A advogada que defende a vítima, Eloisa Samy Santiago, chegou a comemorar nas redes sociais, pois já havia solicitado a troca de delegado na investigação. “O delegado Alessandro Thiers, da DRCI, não é mais o encarregado pela investigação do estupro coletivo", escreveu na publicação com o título "Vitória das Mulheres".

O crime ocorreu há cerca de uma semana, no morro São José Operário, em Jacarepaguá, na zona oeste da cidade. Na última quarta-feira (25), um vídeo exibindo que 33 homens participaram da violência foi divulgado na internet. Eloisa Samy Santiago defende a jovem junto com a advogada Caroline Bispo.

De acordo com a Agência Brasil, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) já havia se manifestado favoravelmente ao desmembramento do inquérito. Na noite de ontem (28), os promotores do MP se reuniram com as advogadas da adolescente, que fizeram questionamentos em relação às investigações da Polícia Civil e a forma como o delegado Alessandro Thiers, vinha atuando no caso. Os promotores atenderam a três dos pedidos das advogadas, inclusive sobre a necessidade de desmembramento do caso, mas não se posicionaram contra o afastamento do delegado por entender que essa era uma atribuição da polícia civil.

Paralelamente às investigações, a Polícia Militar desencadeou na manhã de hoje uma grande operação na tentativa de localizar os suspeitos do estupro. A operação cumpre determinação do Comando da Corporação e foi iniciada às 7h da manhã, na comunidade na Comunidade do São José Operário.

Comandada pelo 9º BPM (rocha Miranda), segundo a nota da PM, “não houve resistência e as equipes estão fazendo uma varredura na comunidade “em busca de indivíduos suspeitos, armas e drogas. Até o momento a Polícia Civil não divulgou um balanço da operação.