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PF investiga ligação de avião de Eduardo Campos com organização criminosa
A Polícia Federal (PF) de Pernambuco deflagrou nesta terça-feira (21), a Operação Turbulência, que tem como objetivo desmontar o grupo que atua em Pernambuco e em Goiás e possui ligação até com a Operação Lava-Jato. [Leia mais...]

Foto: Divulgação / Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) de Pernambuco deflagrou nesta terça-feira (21), a Operação Turbulência, que tem como objetivo desmontar o grupo que atua em Pernambuco e em Goiás, que possui ligação até com a Operação Lava-Jato.
Segundo a PF, a organização criminosa é acusada de movimentar mais de R$ 600 milhões e de realizar lavagem de dinheiro e pode ter ligação com o avião que caiu com o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, em agosto de 2014, em Santos (SP). A investigação começou a partir da análise de movimentações financeiras suspeitas detectadas nas contas de algumas empresas envolvidas na aquisição da aeronave Cessna Citattion prefixo PR-AFA.
Duzentos policiais federais estão cumprindo 60 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão, 22 de condução coercitiva e cinco de prisão preventiva. Também estão sendo cumpridos mandados de indisponibilidade de contas e sequestro de embarcações, aeronaves e helicópteros dos principais membros da organização criminosa.
Durantes as investigações, a PF constatou que essas empresas eram de fachada e firmadas em nome de “laranjas”. Extratos bancarios indicavam que elas realizavam diversas transações entre si e com outras empresas fantasmas, inclusive com algumas empresas investigadas na Operação Lava Jato. Segundo a policia, ha suspeitas de que esses valores serviam para pagamento de propina a políticos e formação de “caixa dois” de empreiteiras. O esquema criminoso sob apuração encontrava-se ativo, no mínimo, desde o ano de 2010.
Os mandados judiciais estão sendo cumpridos em 18 localidades em Pernambuco, além do Aeroporto Internacional dos Guararapes Gilberto Freyre, na Zona Sul da capital. Os presos e os conduzidos coercitivamente estão sendo levados para a sede da Polícia Federal, no Cais do Apolo, na área central do Recife. Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
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