Temer se encontra com Cármen Lúcia para discutir violência em presídios

Nos primeiros dias do ano, 93 presos foram assassinados em presídios do Brasil. Para discutir a crise penitenciária do país, o presidente Michel Temer encontrou com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, neste sábado (7). 

A reunião durou um pouco mais de duas horas e aconteceu na residência da ministra. Nem o presidente, nem Cármen Lúcia falaram com a imprensa após a conversa. Temer estava em um carro sem a identificação oficial da Presidência da República.

No Amazonas, no começo da semana, 60 detentos morreram em uma rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim. As vítimas seriam ligadas ao PCC e teriam sido mortas por integrantes da Família do Norte (FDN), grupo ligado ao Comando Vermelho.

Na quarta (4), dois presos foram mortos e dois ficaram feridos na Penitenciária Padrão Romero Nóbrega, em Patos, no Sertão da Paraíba. E nessa sexta (6), uma chacina deixou 31 mortos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), na zona Rural de Boa Vista, capital de Roraima. 

Essa última unidade comporta até 750 detentos, mas, até quarta-feira, acolhia 1.456, quase o dobro da capacidade. Com isso, o governador do Acre, Jorge Viana, também se reuniu com a ministra Cármem Lúcia, nessa sexta. O governador se queixou a Cármen Lúcia, que é ainda preside o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), da dificuldade em conseguir a transferência de detentos acusados de narcotráfico para presídios federais. Uma das atribuições do CNJ é fiscalizar o estado do sistema carcerário brasileiro.