Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Terça-feira, 02 de abril de 2024

Bahia

Após outra semana de queda de luz, irritação com a Coelba alcançou até ACM Neto

Choveu. Em grande parte das cidades, basta munir-se do bom e velho guarda-chuva e continuar a vida. Em Salvador, porém, a situação é um pouco mais complicada. Além da sombrinha, se você quiser continuar a sua vida normalmente, vai precisar ter por perto um gerador de energia [Leia mais...]

Após outra semana de queda de luz, irritação com a Coelba alcançou até ACM Neto

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Bárbara Silveira no dia 07 de janeiro de 2016 às 06:00

Choveu. Em grande parte das cidades, basta munir-se do bom e velho guarda-chuva e continuar a vida. Em Salvador, porém, a situação é um pouco mais complicada. Além da sombrinha, se você quiser continuar a sua vida normalmente, vai precisar ter por perto um gerador de energia. Não é de hoje que a Metrópole denuncia a “fragilidade” do serviço oferecido pela Coelba que, basta uma chuva para deixar o consumidor sem energia.

E, desde a última segunda-feira (4), a novela ganha mais um capítulo. “Estamos há 48h sem luz aqui. A Coelba é uma quitanda. É inadmissível um bairro como o Bonfim ficar esse tempo todo sem energia. E o pior: sem resposta. Fizemos inúmeras ligações e tudo que é possível do ponto de vista do consumidor, mas ficamos sem geladeira, ar condicionado, fogão e tudo mais”, disse um ouvinte da Rádio Metrópole que não quis se identificar.

Desta vez, até o prefeito ACM Neto entrou no coro de reclamações conta a Coelba. “Toda a logística da Prefeitura cai: internet, sinaleira, é um terror! Depois, a demora para restabelecer a energia. Espero que a Coelba esteja atenta, agilizando as providências. Tem várias sinaleiras desligadas na cidade”, criticou o prefeito.

A constante queda no serviço da Coelba chamou a atenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No ano passado, a empresa baiana ultrapassou a cota máxima de tempo que uma concessionária pode ficar sem fornecer o serviço ao consumidor e acabou na lista negra da agência. Mas, até agora, tudo continua igual. E o cliente que se lenhe?

Rastro de prejuízo: segundo prefeitura, quiosques estão parados por culpa da coelba

Quer curtir o seu final de semana na praia e não tem barraca? Segundo o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Érico Mendonça, a demora também tem o dedo da Coelba. “Na hora de fazer as ligações, constatou-se que a carga necessária era maior que a que se despunha na área. Então, a Sucop teve que fazer uma licitação para a construção de duas novas estações e, após isso, a Coelba tem de vir para instalar os transformadores”, explicou.
E as obras que a empresa atrasou não param por ai. Parte da demora na entrega do Shopping da Gente, construído na Avenida Antônio Carlos Magalhães, também tem o dedo da Coelba, como você vai conferir nas páginas 6 e 7 do Jornal da Metrópole.

Odiada nas redes sociais
Com o péssimo serviço oferecido, a Coelba disputa o título de uma das empresas mais odiadas da internet. Desde a última segunda-feira (4), baianos usam as redes sociais para reclamar do serviço.
“Gostaria que, ao menos, atendessem as chamadas. O número informado não atende”, reclamou o internauta Léo Barreto no Facebook da empresa.

É sempre assim: se Chove, não tem sinaleira
Se basta um vento mais forte para os semáforos de Salvador ficarem intermitentes, com a chegada da chuva, a suspensão do serviço é garantida. De acordo com o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, a irregularidade do serviço da Coelba impacta diretamente no trânsito da cidade e trás inúmeros prejuízos. “A falta de energia acaba desligando os semáforos que precisam de energia para funcionar”, reclama. Na última segunda (4), o núcleo de trânsito de Salvador ficou sem funcionar por causa da Coelba. “Ficamos sem imagem de câmeras, sem informações de vias”, conta.

Barracas: Coelba nega
Diante de tantos prejuízos causados à rotina da cidade, o Procon notificou a Coelba pela interrupção do fornecimento de energia em Salvador. Segundo o órgão, a notificação foi motivada por uma série de reclamações dos consumidores. Motivado por uma enxurrada de reclamações, o órgão deu o prazo de 10 dias, após o recebimento da notificação, para que a empresa apresente resposta.


Por meio de sua assessoria de imprensa, a Coelba negou a responsabilidade sobre o atraso na entrega dos quiosques de praia. “As obras de infraestrutura civil da rede subterrânea, de responsabilidade da Prefeitura, foram concluídas dia 22/12. O prazo para conclusão dos serviços por parte da Coelba é 20/01/2016“, disse, sobre Piatã. Já sobre Itapuã, a empresa afirmou que “aguarda a conclusão das obras civis, de responsabilidade da Prefeitura”.