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Segunda-feira, 15 de abril de 2024

Cidade

Crise no A Tarde se dá por "irresponsabilidade", diz dirigente de sindicato

Em meio à crise, a situação do Grupo A Tarde está cada vez mais complicada. Afundado em dívidas que chegam a aproximadamente R$ 200 milhões e acumulando demissões, não é possível saber qual será o futuro do jornal, que é um dos maiores veículos de comunicação do estado. [Leia mais...]

Crise no A Tarde se dá por "irresponsabilidade", diz dirigente de sindicato

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Gabriel Nascimento no dia 02 de março de 2016 às 09:49

Em meio à crise, a situação do Grupo A Tarde está cada vez mais complicada. Afundado em dívidas que chegam a aproximadamente R$ 200 milhões e acumulando demissões, não é possível saber qual será o futuro do jornal, que é um dos maiores veículos de comunicação do estado. O problema se agrava ainda mais porque a holding Piatra SP Participações, do DX Group, estaria tentando desfazer a compra, realizada há 30 dias.

Em entrevista à Rádio Metrópole, na última segunda-feira (29), a presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (SINJORBA), Marjorie Moura, classificou a transação como "irresponsável" e afirmou que tanto a família Simões quanto a Piatra são responsáveis pelo imbróglio. "É estranhíssimo, porque não fizeram nenhum aporte de capital. Qual é a intenção? Ainda não sabemos o que está acontecendo. A família se mantém indiferente. A maioria dos débitos é relacionada a gestão deles e eles têm completa responsabilidade do que está acontecendo", disse.

De acordo com Marjorie, a primeira parcela da recisão já foi paga aos jornalistas demitidos, a segunda, no entanto, ainda não foi depositada. "Nos mobilizamos e vamos iniciar a questão sobre a segunda parcela da recisão de contrato do trabalho", afirmou. Ainda segundo Marjorie, as reuniões de negociação não tiveram a atenção necessária. "Foram enviados prepostos, que são funcionários também que não tem poderes legais pra resolver nada. Nada que era falado tinha valor pro acordo", relatou.

Mesmo com a situação crítica, a presidente do sindicato afirmou que acredita na recuperação do veículo e disse que os funcionários focados nas melhorias. "Tudo que está sendo pago com toda a dificuldade, vem do fluxo de caixa da empresa. É difícil, talvez melhore em março. Acreditamos que a empresa, tem toda a possibilidade de continuar funcionando. Acreditamos nisso! Vamos buscar na Justiça pra solucionar isso", finalizou.