Classificado como clandestino, primeiro carro do Uber é apreendido no Dique

Classificado como clandestino pela Prefeitura, um veículo que realizava o transporte privado através do aplicativo Uber foi apreendido nesta sexta-feira (8), pela Secretaria de Mobilidade (Semob), através da Coordenadoria de Táxi e Transportes Especiais (Cotae). O veículo, um HB20 Sedan, foi o primeiro detido pelos fiscais em operação contra os clandestinos montada na região do Dique do Tororó. O carro foi encaminhado ao pátio da Transalvador na Barros Reis após liberação do passageiro. 

O sistema de transporte privado, começou a funcionar em Salvador na quinta-feira (7), mas quem tentou acessar o serviço passou por dificuldades para encontrar motoristas que estivessem disponíveis. O 'sumiço' acontece após as ameaças da Prefeitura de Salvador, que classificou o Uber como "irregular".

A multa pela atuação de transporte clandestino é de R$ 240,50, o que equivale a 50 bandeiradas do táxi. Além disso, o motorista paga multa pela remoção do veículo, que varia de R$ 309,27 a R$ 804,09 (a depender do porte), e diária no pátio da Transalvador, que vai de R$ 49,48 a R$ 841,21. Como no caso da apreensão de hoje o motorista conduziu o veículo até o pátio de forma espontânea após ser flagrado praticando o crime, ele não terá que pagar pela remoção. 

De acordo com a Prefeitura, o novo documento é claro quando informa que, perante a lei, qualquer outro transporte individual de passageiros que não siga os pré-requisitos do regulamento é considerado ilegal. O texto apresenta ainda um capítulo exclusivo sobre o processo administrativo punitivo. "Carros não cadastrados como táxi ou transporte escolar, e coletivos não pertencentes ao Sistema de Transporte Coletivo por Ônibus e Subsistema de Transporte Especial Complementar não podem atuar em Salvador", diz o secretário de Mobilidade, Fábio Mota.

Diferente do que é visto em cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife, os baianos não vão encontrar nas ruas o tradicional carro preto de luxo, marca registrada do aplicativo. A modalidade trazida para a capital é o UberX, que funciona com “carros mais compactos”, segundo a empresa.