Suíca diz que é preciso ter "coragem" para aplicar novo modelo de limpeza

O vereador Luiz Carlos Suíca (PT) acompanhou, nesta quinta-feira (28), a audiência pública que discutiu as mudanças do sistema de coleta de lixo em Salvador. Em entrevista ao Metro1, o petista falou sobre a proposta de criação do sistema de limpeza urbano da cidade, que foi publicada no Diário Oficial de Salvador no dia 20 de agosto de 2015.

"É uma lei dessa concessão que foi aprovada em 2008, tem alguns detalhes a ser ajustados mas, do ponto de vista da concessão ela já foi aprovada no governo passado. O que vai ser aplicado nesse momento é qual o modelo de limpeza que a cidade precisa. Você poderia ter uma PPP ou uma concessão. Em maio de 2015 foi contratado uma empresa o qual o próprio sindicato, a Câmara, acompanhou esse processo para apresentar à prefeitura no dia 31 de dezembro, o modelo de limpeza urbana para a cidade, e parece que apontou a concessão como modelo", falou. 

De acordo com Suíca, o modelo garante segurança aos trabalhadores do setor. " Ele dá uma certa tranquilidade às próprias empresas de investimento, de capacidade de poder trazer investimento de tecnologia, na aplicação da educação ambiental, na reciclagem para a cidade ter uma limpeza urbana mais uniforme. Esse é o segundo passo aqui no Ministério Público para apresentar essa minuta, terá outros debates, e essa minuta deve estar aberta para sugestões. Isso tem que ser de forma célere, porque o contrato das empresas terminam no dia 30 de julho, e elas precisam, ao acabar esse contrato, a cidade não pode mais fazer um outro tipo de contrato com essas empresas que estão", disse.

Suíca afirma que é preciso ter "coragem" para aplicar um modelo como esse. "A capital Salvador não pode ser uma cidade que pode se igualar a uma cidade menor, em que você pode contratar uma empresa por período, no sistema que está hoje de 4 anos com mais 1 de renovação. A diferença é que você terá um tempo maior, de 15 a 20 anos, para as empresas poder fazer investimentos em tecnologia e você vai ter ai a educação ambiental, a reciclagem como um norte. Vai ser possível implementar na grade curricular, quem sabe, das escolas municipais um debate sobre a reciclagem junto com as crianças que estão nessas escolas. Quatro anos renovado com mais um, não dá segurança jurídica a ninguém, não dá segurança de planejamento a ninguém, isso na verdade prejudica. Precisa ter coragem de aplicar um modelo que já é aplicado em outras capitais", finalizou o vereador.