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Guarda Pelé conta histórias do trânsito de Salvador: "Sempre foi caótico"

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Guarda Pelé conta histórias do trânsito de Salvador: "Sempre foi caótico"

Uma das figuras mais emblemáticas da Bahia, Armando Marques da Silva, o Guarda Pelé, voltou aos estúdios da Rádio Metrópole, na tarde desta terça-feira (3), para contar um pouco da sua história, como conseguiu organizar o trânsito de Salvador nas décadas de 1960 e 1970, se transformando no agente de trânsito mais famoso do estado, um dos mais famosos do país. [Leia mais...]

Guarda Pelé conta histórias do trânsito de Salvador: "Sempre foi caótico"

Foto: Tácio Moreira/ Metropress

Por: Matheus Morais e Gabriel Nascimento no dia 03 de maio de 2016 às 12:36

Uma das figuras mais emblemáticas da Bahia, Armando Marques da Silva, o Guarda Pelé, voltou aos estúdios da Rádio Metrópole, na tarde desta terça-feira (3), para contar um pouco da sua história, como conseguiu organizar o trânsito de Salvador nas décadas de 1960 e 1970, se transformando no agente de trânsito mais famoso do estado, um dos mais famosos do país. 

“Tudo o que fazemos com eficiência não é difícil. Procuramos, naturalmente, agilizar e aperfeiçoar. O trânsito sempre foi caótico, eu trabalhava ali na região da Fonte Nova, com a ladeira dos Galés, morava em Cosme de Farias. Fiz o pedido ao comandante. Antigamente os carros desciam ali da Fonte das Pedras, não tinha Bonocô, nem nada aí. Ele perguntou porque eu queria ir pra lá, e eu disse que era perto de casa. Ele respondeu dizendo que ali só iria um policial subordinado, como castigo porque o tráfego alí não para. Mas eu disse que eu queria ali, e fui”, disse. 

Pelé conta que no primeiro dia de trabalho chegou mais cedo para analisar o trânsito da área. “Aí então, quando foi 7h da manhã, cheguei, fui mais cedo pra poder estudar como era o movimento dali. A via preferencial o veículo se locomove com mais rapidez, aí eu fiquei parado. Os colegas trabalhando e eu olhando, aquele sufoco. Quando me entregaram o serviço, aí eu disse, agora vou tentar fazer a tentativa. Senti uma dificuldade, carro surgia, sumia. Eu aí fiquei estudando olhando, e aí fui tentar”, completou. 

“Eu digo, vou estudar um jeito pra ver se dá certo. Fui pra casa, cheguei lá, tem o espelho, eu saí do exercito, quando eu saí do exército, entrei na polícia, só foi vestir a farda. Quando estou lá, pá pá, meia volta, direita, esquerda, daqui a pouco se dá o amarelo, botava a mão pra cima: advertência. Aí pensei, vou colocar isso em prática. Quando cheguei lá, sincronizei o apito com meus movimentos. Uma semana mais ou menos, cheguei lá, comecei a fazer, sozinho. Começou a juntar gente, e falavam: "Aquele policial tá maluco" e eu lá, o tráfego começou a andar rapaz. Duas semanas já não congestionava mais, aí o pessoal: "é assim que se trabalha" aí começou a aglomeração de gente e eu vi que estava dando certo”, contou.