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Lava Jato: gravações de Jucá podem provocar a saída dele do governo Temer
De acordo com a reportagem de Rubens Valente publicada, nesta segunda-feira (23), pela Folha de São Paulo, Jucá defende um pacto político para deter o avanço da Operação Lava-Jato, que investiga os dois envolvidos no diálogo. [Leia mais...]
Foto: Gustavo Lima/ Câmara dos Deputados
De forma oculta, foram gravadas, no mês de março, conversas entre o ministro do Planejamento, senador licenciado Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Segundo a reportagem de Rubens Valente, publicada, nesta segunda-feira (23), pela Folha de S.Paulo, Jucá defende um pacto político para deter o avanço da Operação Lava-Jato, que investiga os dois envolvidos no diálogo.
Em poder da Procuradoria-Geral da República (PGR), as conversas aconteceram semanas antes da aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, pela Câmara dos Deputados e somam 1h15min. Ainda segundo a Folha, o advogado de Jucá, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que o cliente dele "jamais pensaria em fazer qualquer interferência" na Lava Jato e que as conversas não contêm ilegalidades.
Em um dos trechos, Machado disse a Jucá: "O Janot está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho. [...] Ele acha que eu sou o caixa de vocês".
O ex-presidente da empresa subsidiária da Petrobras, também alvo da Operação, disse ainda que novas delações na Lava Jato não deixariam "pedra sobre pedra". O ministro concordou que o caso de Machado "não pode ficar na mão desse [Moro]". Jucá chegou a afirmar que seria necessária uma resposta política para evitar que o caso caísse nas mãos do juíz federal.
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