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Após ataque, rodoviários não chegam até final de linha de Pero Vaz: "Apavorados"

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Após ataque, rodoviários não chegam até final de linha de Pero Vaz: "Apavorados"

Os moradores do Pero Vaz, em Salvador, amanheceram nesta quinta-feira (30) com reflexos do ataque a quatro ônibus na noite de quarta-feira (29). [Leia mais...]

Após ataque, rodoviários não chegam até final de linha de Pero Vaz: "Apavorados"

Foto: Leitor Metro1

Por: Camila Tíssia no dia 30 de junho de 2016 às 07:49

Os moradores do Pero Vaz, em Salvador, amanheceram nesta quinta-feira (30) com reflexos do ataque a quatro ônibus na noite de quarta-feira (29). Apavorados, os rodoviários ainda não chegam até o final de linha do bairro. A afirmação foi feita pelo vice-presidente do sindicato da categoria, Fábio Primo, em entrevista ao Metro1. Segundo ele, não há previsão de quando os coletivos vão voltar a circular na região.

"Vamos sentar hoje com a PM [Polícia Militar] para definir estratégias e resolver quando voltar. Seria precoce voltar hoje ao Pero Vaz, porque 99,9% das pessoas que moram lá são boas, mas menos de 1% são terroristas que tiram a lei de tudo. Estamos muito apavorados para definir que horas voltar", desabafou Fábio.

De acordo com a Transalvador, os moradores precisam se dirigir à rua principal do bairro para conseguir embarcar no transporte público. Quem sai de Santa Mônica tem que pegar o ônibus no ponto do Conjunto Bahia, em IAPI. Já quem pegava ônibus no final de linha de Pero Vaz, onde aconteceram os ataques, precisa se deslocar para o final de linha do IAPI. 

Segundo a Polícia Militar, o crime foi motivado pela morte de um suspeito durante uma troca de tiros com PMs, em Santa Mônica, no fim da tarde de ontem. Com isso, os coletivos foram incendiados no fim de linha da comunidade e então os rodoviários restringiram as atividades na região. A polícia realizou rondas no bairro para capturar os suspeitos, mas ninguém foi preso até o momento. Nesta manhã, restos dos ônibus que foram incendiados ainda estão na rua em que ocorreu o ataque.

Insegurança
Em entrevista ao apresentador José Eduardo, na Rádio Metrópole, o diretor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, complementou as informações sobre o crime e disse que foi preciso recolher os ônibus para não perder nenhuma vida. 

"Parece Faixa de Gaza. O combustível respingou em uma companheira cobradora. Mandamos dois ofícios para o secretário de Segurança Pública. Quando anoitece, a categoria fica 'ao Deus dará'. O coronel Anselmo nos apoiou. Não é possível ter a sensação de segurança plena. A gente não esquece do ano passado que perdemos um companheiro queimado vivo dentro de um ônibus. Precisamos de uma segurança preventiva, não dá pra ficar arriscando se vai queimar um motorista, um cobrador, ou um passageiro", pontuou.