Manifestantes lutam contra homofobia e morte de produtor no Rio Vermelho

Cerca de 300 pessoas estiveram no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, na noite dessa sexta-feira (16), para pedir paz e protestar contra a homofobia. Durante a manifestação, as pessoas seguravam cartazes, bandeiras do movimento LGBT, velas acesas e cruzes. O grupo reclamou dos últimos casos de violência no bairro e abordaram, principalmente, o do estudante e produtor cultural Leonardo Moura, que foi encontrado desacardado no local e morreu dois dias depois no hospital.

Com lesões no corpo, familiares e amigos do rapaz acreditam que elas foram causadas por agressões ligadas a homofobia. Já a polícia, disse que ainda não há indícios que o estudante foi agredido fisicamente e uma queda teria sido o motivo dos ferimentos. Ainda nessa sexta, testemunhas afirmaram para a Polícia Civil que ele caminhava pela calçada, quando perdeu o equilíbrio e caiu da balaustrada da praia do Alto da Sereia, na Avenida Oceânica. 

Os manifestantes seguiram no sentido Pituba e o trânsito chegou a ficar bloqueado por um tempo.
Eles começaram a ser concentrar às 17h30, em frente à San Sebastian, boate gay de onde Leonardo Moura saiu antes de ser encontrado ferido. Às 19h, o grupo deu início à caminhada que seguiu até o Largo da Mariquita.

De acordo com a assessoria de impresa do estabelecimento, no final da tarde da última quinta-feira (14), o empresário José Augusto Vasconcelos, sócio da boate e presidente da Associação dos Empresários do Rio Vermelho, esteve com o Secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, para tratar de ações de segurança para o bairro. Na reunião, que contou com presença de Diogo Medrado, da Bahiatursa, foram discutidas propostas de ações que devem garantir ordem pública e, consequentemente, a defesa dos direitos LGBT.
 
"O secretário se mostrou verdadeiramente preocupado com as questões sociais e de segurança do nosso bairro e da nossa cidade. Fui ao encontro dele não só como empresário e presidente da associação, mas como cidadão soteropolitano que mora e frequenta o bairro e espera mais segurança das autoridades. Saí confiante nas melhorias", falou José Augusto.