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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Cidade

Economista fala sobre nível educacional do Brasil: "É um problema"

Durante o Entre Páginas Especial, realizado no Teatro Eva Herz, nesta terça-feira (23), o economista, professor e PHD em economia, Eduardo Giannetti, falou sobre o nível educacional do Brasil. Na ocasião, ele também fez críticas ao estilo de vida americano, o chamado American Way of Life. [Leia mais...]

Economista fala sobre nível educacional do Brasil: "É um problema"

Foto: Tácio Moreira/ Metropress

Por: Jessica Galvão e Matheus Simoni no dia 23 de agosto de 2016 às 17:50

No programa Entre Páginas Especial, realizado no Teatro Eva Herz, nesta terça-feira (23), o economista, professor e PHD em economia, Eduardo Giannetti, falou sobre o nível educacional do Brasil. Na ocasião, o escritor também fez críticas ao estilo de vida americano, o chamado American Way of Life. "Não poderia estar mais de acordo com a afirmação de que a nossa deficiência educacional é um problema. Uma coisa é resolver pendência e outra é firmar valores. Os EUA universalizou o ensino fundamental no final do século XIX, e o Brasil só no final do século XX. Se tudo der certo no Brasil, o que é que nós somos? Há o campo mimético, que quer ser como eles são no modelo ocidental, para 'chegar lá'. Se tudo der certo no país, viramos um Estado no Sul dos Estados Unidos. Eu discordo disso", afirmou.

Para Eduardo Giannetti, o sonho brasileiro está num campo profético. O Brasil não sonha em ser um membro comportado no clã ocidental. Se nós não viramos os EUA é porque não quisemos. Isso tudo está no modo de conviver. As relações de trabalho no Brasil são muito diferentes do restante da sociedade. Aqui as pessoas têm uma grande relação de afetividade. Esse campo profético diz que o Brasil não pode ser igual. Temos que usar a nossa originalidade, sem a arrogância de ser o único com pólo cultural", defendeu.

De acordo com o escritor, o campo profético erra, às vezes, dizendo que o Brasil vai ser a salvação de tudo. "Há um excesso quando se diz isso. A essência é essa, não podemos abrir mão de sermos originais e vivermos os nossos valores. A maturidade de uma cultura é a naturalidade de ser o que se é. Eu fiquei muito feliz de ver nas Olimpíadas que a nossa cultura está viva", falou Giannetti.