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Crise: mais de 2 mil bares fecharam em Salvador no último ano

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Crise: mais de 2 mil bares fecharam em Salvador no último ano

Uma reportagem do jornal Tribuna da Bahia, publicada nesta terça-feira (25), aponta para o fechamento de mais de dois mil bares e restaurantes em Salvador no último ano, o que gerou mais de 20 mil demissões. [Leia mais...]

Crise: mais de 2 mil bares fecharam em Salvador no último ano

Foto: Reprodução/ O Popular

Por: Matheus Morais no dia 25 de outubro de 2016 às 16:19

Uma reportagem do jornal Tribuna da Bahia, publicada nesta terça-feira (25), aponta para o fechamento de mais de dois mil bares e restaurantes em Salvador no último ano, o que gerou mais de 20 mil demissões. Segundo a publicação, a informação foi dada pelo presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Bahia e vice-presidente da Confederação Nacional de Turismo, Silvio Pessoa. O dirigente não acredita em uma recuperação a curto prazo. 

"Passe na Pituba, à noite, e veja quantos bares e restaurantes estão abertos. São pouquíssimos. Há bares tradicionais que antes ficavam lotados e hoje funcionam quase vazios, além de restaurantes de alto nível fazendo promoção em cardápios", disse Pessoa ao jornal. “Nosso couvert médio (como se classifica o gasto médio per capita dos clientes) sofreu uma redução de mais de 40%. Estamos todos, bares, restaurantes e hotéis, empurrando uma grande bola de neve com a barriga e temendo muito mais falências”, completou. 

A crise foi confirmada pelo proprietário do restaurante Além do Cais, localizado na Rua Direita de Santo Antônio, Robson Santos. Ele disse que evita ao máximo repassar os aumentos, inclusive das bebidas, para o cardápio, mas, se antes trabalhavam basicamente com vinhos, “hoje tenho que oferecer opções mais baratas, como a cerveja. O vinho teve um aumento significativo”, disse. 

Já o dono do Bar e Restaurante do Edinho, Edson Alípio de Lima, prefere não reclamar da situação atual. Ele reconhece que o preço da cerveja, por exemplo, tem subido muito, mas diz que até agora evitou repassar o aumento para o cardápio. “Já sofri pressão dos meus colegas da Ceasinha para aumentar o preço, mas não posso fazer isso. Prefiro até reduzir um pouco a margem de lucro, mas manter os clientes", ressaltou.