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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Cidade

Independência: “2 de Julho foi mais importante que o Sete de Setembro”, diz Laurentino Gomes

Jornalista e escritor, Laurentino Gomes conversou com Mário Kertész nesta sexta-feira (30) sobre a história do pais e a importância da Bahia na independência do Brasil. De acordo com Laurentino, os baianos foram fundamentais para a libertação de Portugal [Leia mais...]

Independência: “2 de Julho foi mais importante que o Sete de Setembro”, diz Laurentino Gomes

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Bárbara Silveira no dia 30 de junho de 2017 às 12:46

Atualizado: no dia 30 de junho de 2017 às 12:47

Jornalista e escritor, Laurentino Gomes conversou com Mário Kertész nesta sexta-feira (30) sobre a história do pais e a importância da Bahia na independência do Brasil. De acordo com Laurentino, os baianos foram fundamentais para a libertação de Portugal. “Na época ninguém deu muita importância ao grito às margens do Ipiranga, no Sete de Setembro. No meu ponto de vista, o 2 de julho foi mais importante que o Sete de Setembro”, disse.

De acordo com o escritor, as várias realidades culturais do país impedem o Brasil de reconhecer a grandeza do 2 de Julho. “Existe uma disputa entre as regiões para ver quem representa melhor o Brasil. O reconhecimento do 2 de Julho passa por isso. A história dos bandeirantes como os grandes colonizadores, o grito do Ipiranga, o quadro do Pedro Américo... Isso contribui para que São Paulo fosse colocado como o estado onde aconteceu a independência”, explicou.

Mas Laurentino não hesita em afirmar que a Independência do Brasil aconteceu na Bahia. “A definição real, que garantiu a independência do Brasil, aconteceu na Bahia. Tem uma longa guerra na Bahia que envolveu muitas pessoas. Depois culmina com a expulsão dos portugueses no dia 2 de julho. Os outros eventos da independência, como o Dia Do Fico, eles têm um simbolismo grande, mas na Bahia morreu muita gente, houve um confronto militar. Foi muito importante. Depois que o Dom Pedro fez o grito do Ipiranga, havia um clima de ruptura com os portugueses. Os portugueses pensaram que se conseguissem ocupar a Bahia e Salvador, eles conseguiriam ocupar o Nordeste. O general Madeira de Melo era experiente, ele ocupou Salvador e pensou que se ocupasse a Bahia e o nordeste, conseguiria ocupar o Rio de Janeiro e São Paulo. Os baianos rapidamente se rebelaram”, completou.