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Quarta-feira, 27 de março de 2024

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Diretório Acadêmico acusa Unijorge de prejudicar alunos com quebra de contrato

O Diretório Acadêmico de Direito (DA de Direito) do Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge) reclamou ao Grupo Metrópole, na última sexta-feira (28), sobre a quebra de contrato unilateral, por parte da instituição de ensino privada. O presidente do DA de Direito, Otto Vinícius Oliveira Lopes, explicou que a indignação é devido à alteração no método avaliativo, sem consultar ou informar previamente os alunos. [Leia mais...]

Diretório Acadêmico acusa Unijorge de prejudicar alunos com quebra de contrato

Foto: Reprodução/ Facebook

Por: Paloma Andrade no dia 31 de agosto de 2015 às 19:21

O Diretório Acadêmico de Direito (DA de Direito) do Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge) reclamou ao Grupo Metrópole, na última sexta-feira (28), sobre a quebra de contrato unilateral, por parte da instituição de ensino privada. O presidente do DA de Direito, Otto Vinícius Oliveira Lopes, explicou que a indignação é devido à alteração no método avaliativo, sem consultar ou informar previamente os alunos.

Conforme a Cláusula 1, parágrafo 10º, do Contrato de Prestação de Serviços Educacionais assinado pelos estudantes da universidade para regimento em 2015.2, “ficam estabelecidas as normas complementares: 1. Alcançar obrigatoriamente aprovação por média 7,0 no elenco de disciplinas oferecidas pelo curso”. Porém, mesmo com a cláusula presente no documento assinado, a Unijorge alterou a média para nota 6, mudando também os pesos de cada avaliação e eliminando a Prova Final. 

O presidente do Diretório, que também é estudante do 8º semestre do curso de Direito da Unijorge, informou que a universidade teve o semestre inteiro, mas não dispôs de nenhum aviso para a aplicação do novo método. “O contrato que assinamos para o início do semestre regia que a média seria 7 e os pesos avaliativos conforme sempre foram desde que entramos na instituição. Após o aceite no contrato, os alunos foram pegos de surpresa com a mudança do sistema”, reclamou Otto Vinícius. 

O presidente e outros membros do Diretório Acadêmico realizaram reuniões com a reitoria da instituição por cinco vezes, mas não tiveram o resultado desejado. “Todas as vezes nos solicitam prazo, prazo e prazo. E o tempo urge para o estudante. Quando fizermos avaliações, não teremos mais como voltar atrás. O maior prejudicado sempre será o aluno”, destacou. 

O maior questionamento do Diretório trata-se de um pressuposto de que a crise financeira afetou a universidade, já que, segundo Otto Vinícius, semestralmente, de seis a oito turmas entram para a Unijorge no curso de Direito, mas, após problemas relacionados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), os alunos deixam a instituição privada como segunda opção. 

Neste semestre, de acordo com o presidente do DA, somente duas turmas ingressaram neste curso: uma no turno matutino e outra no noturno. “A visão que nós temos é que não passa pela qualidade e sim pela crise financeira que o país enfrenta. O prejuízo que a faculdade está tendo vai estourar no bolso do aluno, que vai ser reprovado e vai ter o prejuízo, porque quer concluir o curso”, afirmou Otto. O DA informou que vai procurar o Ministério Público e buscar providências na Justiça, em duas esferas: direito do consumidor e direito acadêmico.


Com a alteração, o estudante que tirar entre 4,0 e 5,9 na média final terá que realizar uma prova substitutiva, totalmente subjetiva, com média 5,0. Já os alunos que tiverem nota abaixo de 4,0 estarão reprovados automaticamente. “Estão rasgando o que nós aprendemos na faculdade, principalmente no curso de direito, que é o respeito contratual. Um contrato só deve ser quebrado com o aceite de ambas as partes. Nós não queremos aprovação facilitada, queremos ter um curso digno e um curso de qualidade”, concluiu o presidente do Diretório.