Operação Verde Limpo: BDPECO e AMBSERV eram beneficiadas em esquema

Em coletiva realizada nesta quarta-feira (25), o Ministério Público da Bahia (MP-BA) apresentou as informações a respeito da Operação Verde Limpo, que apuram esquemas de fraudes em processos de licenciamentos ambientais e de autuações ilegais na Prefeitura de Salvador.

De acordo com o órgão, duas empresas eram beneficiadas com o esquema: a BDPECO, do empresário Marcos Carvalho e AMBSERV Engenharia, do empresário Rafael Oliveira Barreto. Ambos foram presos nesta quinta-feira. O MP informou que as empresas eram beneficiadas pelos servidores da Sucom, que deixaram elas aptas para cumprir os contratos licitatórios junto à gestão. 

Para a promotora da 5ª promotoria de Meio Ambiente de Salvador Ana Luzia Santana, há registro de que o esquema atuava desde 2013 e se extinguiu em dezembro de 2014, com a extinção da Semut. "O que nos consta é que, com a incorporação desses servidores à Sucom, a prática da dação em pagamento foi extinta. A Sucom tem uma comissão de julgamento de autos e consegue seguir o rito procedimental do código de polícia administrativa do município. A prática de dação é, até o que nós temos conhecimento, foi extinta em dezembro de 2014. Mas a apuração segue com a relação à questão do favorecimento de empresas de consultoria para a contratação por empresas em recebimento de propina para servidores públicos", afirmou ela.

Ainda segundo a promotora, a BDPEco, tem como proprietário Marcos Carvalho. "Ele possui quatro empresas: alem da BDPEco, ele tem uma de coleta de resíduos, uma de treinamento em educação ambiental e uma de segurança de trabalho. Estamos apurando como essas empresas foram abertas ao longo dos anos", declarou Ana Luzia. A outra empresa beneficiada era a Ambserv, de propriedade de Rafael Oliveira Barreto. "Elas eram favorecidas por esse esquema que estamos tentando descortinar", pontuou.