Cidade
MPF aciona construtoras de "barraco de rico" e obra pode ser embargada
O Ministério Público Federal pode embargar a qualquer momento a obra das construtoras Pereira Leite e Porto Victória empreendimentos, responsáveis pela obra do "barraco de rico", no Corredor da Vitória. [Leia mais...]
Foto: Leitor/Metro1
O Ministério Público Federal (MPF) pode embargar a qualquer momento a obra das construtoras Pereira Leite e Porto Victória Empreendimentos, responsáveis pela construção do "barraco de rico", no Corredor da Vitória. Os donos das construtoras, entre eles o empresário César Phileto, e a Prefeitura de Salvador têm até 72 horas para se posicionarem sobre o caso e evitar o embargo da obra.
O empreendimento obteve o alvará por meio de uma brecha suspeitíssima do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) aprovado pelo ex-prefeito João Henrique. Na última terça-feira (24), a Secretaria de Urbanismo de Salvador (Sucom) constatou diversas irregularidades e acabou embargando a obra.
De acordo com o diretor de fiscalização da Sucom, Murilo Aguiar, os responsáveis pelo empreendimento tentaram jogar a responsabilidade para o meio ambiente. "Nós recebemos algumas denúncias de que a obra estava derramando resíduos no mar. A Sucom detectou que estava acontecendo e ele acusa que é questão de uma maré cheia, e que é ela que está trazendo esses resíduos. Pode, de fato, até ser, mas se você olhar todo o restante da Vitória, não aocntece essa mancha", explica. Além do embargo, a Sucom exigiu a apresentação de um projeto de contenção da terra. "Se não apresentarem, fica embargado até que se apresente o projeto", afirma o diretor.
Porém, nem mesmo o embargo foi suficiente para parar a obra. Menos de 24 horas após a visita da Sucom, os operários continuaram os trabalhos, alguns deles sem equipamentos de segurança. No período de uma semana, uma viga caiu sobre um veículo que estava estacionado na rua do condomínio, e lama e pedras vindas da obra encobriram parte de um píer particular.
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