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"Foi uma sequência de erros", diz advogado sobre caso Victor Ramos
Para o vice-diretor do Instituto Brasileiro do Direito Desportivo (IBDD), Gustavo Lopes, o caso Victor Ramos foi uma “infeliz sequência de erros”, citando o Monterrey, a CBF e também o Vitória [Leia mais...]

Foto: Reprodução / Gustavo Souza
Para o vice-diretor do Instituto Brasileiro do Direito Desportivo (IBDD), Gustavo Lopes, o caso Victor Ramos foi uma “infeliz sequência de erros”, conforme afirmou em entrevista à equipe Os Campeões da Bola, da Rádio Metrópole, na noite desta segunda-feira.
“Quando o contrato de Victor Ramos acaba com o Palmeiras [o vínculo foi terminado em dezembro de 2015], o Monterrey foi omisso ao não lançar no TMS da FIFA o retorno do zagueiro ao clube”, explicou.
O TMS é um sistema internacional de transferências de jogadores utilizado pela entidade que regula o futebol. “A possibilidade de o time mexicano rechaçar o retorno não existe; esse retorno é automático. Encerrou o contrato, ele volta. Ele não poderia ser emprestado pelo Palmeiras, e as transferências não colocadas no TMS são consideradas nulas”, continuou.
O vice-diretor explicou que, para que isso acontecesse, o clube mexicano teria que abastecer a fonte de dados da FIFA. “De um lado está a formalização do sistema, e do outro temos a informação real”.
Ele também fala que a CBF errou quando “informa ao Vitória a condição de jogo do atleta". "Ela deveria ter identificado que o contrato de Victor Ramos com o Palmeiras se encerrou e que a transferência não poderia ser do Palmeiras para o Vitória", declarou.
Por fim, ele diz que o rubro-negro errou ao “acreditar de maneira inconteste na CBF nem alegar desconhecimento da norma, mesmo com boa fé fundamentada”.
Sobre a autorização da FIFA que regularia a situação de Victor Ramos, o vice-diretor diz que o órgão, “por ser a autoridade máxima no futebol, tem autonomia para dizer que o atleta teria condição de jogo”. Agora, como a FIFA é filiada ao Comitê Olímpico Internacional, outros clubes poderiam ir até a Corte Arbitral do Esporte (CAS) na Suiça, registrar uma apelação.
Confira abaixo a entrevista completa
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