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Cantora relata agressão e assédio de taxista: "Não podemos achar isso normal"
Vocalista do grupo Sertanília, ela relatou em entrevista ao apresentador José Eduardo, na Rádio Metrópole, na manhã desta segunda-feira (4), que foi agredida por um taxista após ele ter assediado a irmã mais nova dela. O caso aconteceu, na madrugada desse domingo (3), depois que elas saíram da boate Commons, no Rio Vermelho. [Leia mais...]

Foto: Reprodução/Facebook
"Não sou a primeira a sofrer por causa de machismo e infelizmente não serei a última. O importante é que a gente não se cale. Não podemos achar isso normal, é um absurdo muito grande". Esse é o depoimento de Aiace Felix, de 27 anos, que está entre as milhares de baianas que sofrem algum tipo de agressão a cada ano. Vocalista do grupo Sertanília, ela relatou em entrevista ao apresentador José Eduardo, na Rádio Metrópole, na manhã desta segunda-feira (4), que foi agredida por um taxista após ele ter assediado a irmã mais nova dela, de 22 anos. O caso aconteceu na madrugada desse domingo (3), depois que elas saíram da boate Commons, no Rio Vermelho.
"Não ocorreu dentro da casa de show. Eles, inclusive, estão me dando toda a assistência por eu ter estado lá. Eu estava saindo com uma amiga e minha irmã por volta das 5h30. Estávamos indo em direção ao Lardo da Mariquita, quando esse motorista, que estava parado na fila de táxi, na frente da casa, assediou minha irmã, com frases tipo aquelas que ouvimos diariamente — e isso não pode ser escutado como normal. Fui pedir respeito, ele se sentiu incomodado porque abordei ele e aí me respondeu de forma bem agressiva. A gente seguiu andando quando ele deu uma ré brusca tentando nos atingir e me deu três socos: dois no rosto e um entre o ombro e o pescoço", afirmou.
A moça contou também que três rapazes passaram e tentaram ajudar, mas os outros motoristas da fila não se envolveram na situação. "Um dos meninos me puxou, senão o carro teria atropelado. Em relação à força, não tem como competir, os outros taxistas não nos deram socorro. No primeiro momento, a gente não sabe o que fazer. Mas, depois disso ele saiu cantando pneu", disse.
Ao procurar um médico, Aiace foi informada que está com uma lesão na córnea do olho direito. "Fui ao IML também para fazer o corpo de delito. Eu tenho que ser respeitada. Eu, minha irmã e qualquer outra mulher. Espero que os homens vejam e repensem a forma de tratar a mulher no dia-a-dia, porque não somos propriedade deles. Isso acontece todos os dias, mas quando acontece com alguém próximo ficamos mais consternadas", acrescentou.
Ainda segundo a vítima, ela conseguiu anotar apenas a placa do veículo (OZS 5681), mas o táxi está registrado no nome de uma mulher. "Tudo indica que ela aluga o carro para o rapaz, de acordo com o que a polícia me disse. Nós registramos um Boletim de Ocorrência, na 7ª Delegacia do Rio Vermelho e agora está nas mãos da polícia. Espero que a partir das investigação esse cidadão seja punido", completou.
Após a entrevista, a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal De Mobilidade (Semob) afirmou que, o taxista já foi identificado e convocado para prestar esclarecimentos na Coordenadoria de Táxi e Transportes Especiais (Cotae).
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