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Rapaz morto no Rio Vermelho não tinha sinais de agressões, aponta polícia

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Rapaz morto no Rio Vermelho não tinha sinais de agressões, aponta polícia

Primeiramente, a família e amigos de Leonardo Moura acreditavam em crime de homofobia e, hoje, não concordam com a versão apesentada pela polícia. O corpo dele foi enterrado na manhã dessa terça-feira (12), no cemitério do Campo Santo. [Leia mais...]

Rapaz morto no Rio Vermelho não tinha sinais de agressões, aponta polícia

Foto: Reprodução / Facebook

Por: Camila Tíssia no dia 13 de julho de 2016 às 06:16

O estudante e promotor de eventos, Leonardo Moura, 30 anos, que foi encontrado desacordado no último final de semana, no bairro do Rio Vermelho, pode não ter sofrido agressões físicas. Essa afirmação foi feita pela assessoria da Polícia Civil, que aponta ainda uma queda como o motivo das lesões no corpo do rapaz. Leonardo estava internado no Hospital Geral do Estado (HGE) e morreu na segunda-feira (11).

Primeiramente, a família e amigos da vítima acreditavam em crime de homofobia e, hoje, não concordam com a versão apresentada pela polícia. Os laudos periciais do Departamento de Polícia Técnica (DPT) podem ainda revelar o que de fato ocorreu. Segundo a polícia, imagens da região foram solicitadas e junto com testemunhas também podem ajudar a esclarecer o caso. De acordo com a delegada Andréa Ribeiro, coordenadora da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), o que poderia configurar as agressões e consequentemente as causas da morte seriam lesões visíveis no corpo da vítima, que não foram encontradas. 

“A polícia não descarta nenhuma linha de investigação, mas precisamos identificar a causa precisa da morte, já que nada até o momento nos indica que houve agressão”, explicou a delegada. Segundo ela, a família de Leonardo, que já prestou depoimento na DH/Atlântico, teve acesso ao prontuário do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), e nele constava que o jovem tinha caído. A família disse também que, nos momentos de lucidez, o estudante disse não se recordar de ter sofrido agressões.
 
Os prontuários de atendimento médico do SAMU e do HGE também foram solicitados, para serem anexados ao inquérito. Os socorristas que prestaram o atendimento a Leonardo já foram identificados e devem comparecer ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), para prestarem depoimento. A Ordem dos Advogados da Brasil (OAB-BA) e o Ministério Público da Bahia também estão acompanhando o caso. O corpo dele foi enterrado na manhã dessa terça-feira (12), no cemitério do Campo Santo.