Família de estudante busca apoio do MP após resultado de inquérito

Após a divulgação do inquérito que apontou como queda a causa da morte do estudante Leonardo Moura, de 30 anos, a família afirmou que vai entrar com uma representação junto ao Ministério Público Estadual (MPE). Para a família Leonardo morreu depois de sofrer um ataque homofóbico ao deixar a boate San Sebastian, no Rio Vermelho, em Salvador, no dia 11 de julho.

O advogado dos pais de Leonardo, Leite Mattos, disse que não resta outra alternativa, já que nas fotos que tirou depois que saiu do hospital o jovem aparece com marcas de agressões no rosto e no corpo. “Vou buscar apoio junto ao MPE, disponibilizando as provas que tenho em mãos. Não pode ter sido queda, porque a nota da Secretaria da Segurança Pública diz que Leonardo caiu em uma vala de esgoto e a roupa dele estava limpa, o óculos dele estava intacto e limpo para quem caiu de uma balaustrada em um esgoto, as fotos tiradas pela família que mostram hematomas no rosto do rapaz compatíveis com agressão, sem falar que no local tem várias câmeras, cadê essas imagens?”, declarou. 

Mattos disse ainda que a decisão da Polícia Civil de encaminhar o inquérito concluído ao MPE se tratando de uma queda, foi precipitado. “A sociedade, a família e os movimentos sociais clamam por uma investigação mais séria”.

Leonardo foi encontrado desacordado no dia 9 de julho, no bairro do Rio Vermelho e morreu dois dias depois no hospital. Moradores daquela região já relataram que viram o jovem caindo da balaustrada da praia do Alto da Sereia, na Avenida Oceânica. Segundo a Polícia Civil, as testemunhas disseram que ele caminhava pela calçada, quando perdeu o equilíbrio e caiu.