Brasil
Bahia é terceiro estado com mais mortes causadas por intervenções policiais
Intervenções policiais causaram na Bahia 299 mortes apenas no ano de 2015. O número coloca o estado em terceiro lugar do país em letalidade policial, ficando atrás apenas de São Paulo (848) e Rio de Janeiro (645). Os dados fazem parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado parcialmente nesta sexta-feira (28). [Leia mais...]
Foto: Reprodução / GovBA
Intervenções policiais causaram na Bahia 299 mortes apenas no ano de 2015. O número coloca o estado em terceiro lugar do país em letalidade policial, ficando atrás apenas de São Paulo (848) e Rio de Janeiro (645). Os dados fazem parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado parcialmente nesta sexta-feira (28).
O levantamento do anuário mostrou ainda que 19 policiais morreram na Bahia no mesmo ano, foram 16 agentes fora de serviço e três durante o serviço. O número de morte de policiais diminuiu, se comparado a 2014, quando 27 foram mortos. Já o número de vítimas de intervenções policiais aumentou, uma vez que em 2014 foram 278 casos.
Foram ao todo 6.338 Mortes Violentas Intencionais (MVI) na Bahia em 2015, o que posiciona o estado no primeiro lugar do ranking nacional de MVIs. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), contudo, questionou os números divulgados pelo anuário, e salientou que não há padronização na contagem de Crimes Violentos Letais Intencionais no Brasil, o que gera números distorcidos. "Comparar os estados nordestinos, inclusive a Bahia, que não utiliza a categoria 'mortes a esclarecer', com federações que utilizam essa nomenclatura é desigual", respondeu a SSP-BA por meio de uma nota, acrescentando ainda que as diferenças de metodologia "induzem a um erro grosseiro" que protege estados que se “utilizam de subterfúgios que mascaram a realidade das grandes metrópoles".
A SSP-BA alegou que alguns estados contabilizam, por exemplo, chacinas como um único crime, enquanto a Bahia considera cada morte um crime individual, e que essa diferença torna o levantamento impreciso. "A SSP-BA entende que enquanto não houver a padronização na metodologia utilizada na contagem, não há como fazer comparativos fiéis à realidade", completa.
Até o fechamento desta matéria, a Polícia Militar não tinha se pronucniado sobre os dados.
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