"Parece que vamos sair com uma proposta aprovada", diz Haddad sobre desoneração de folha de municípios

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quarta-feira (8), que deverá se reunir na próxima semana com lideranças municipais para discutir a desoneração da folha de municípios. Em entrevista ao “Bom Dia, Ministro”, da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), o chefe da Fazenda se mostrou otimista e disse que deve “sair com uma proposta aprovada”. 

“É o mesmo procedimento que fizemos com [a desoneração dos] 17 setores. Temos muita preocupação  com isso, mas queremos sentar e negociar sobre como sempre fizemos. Nós estamos aqui defendendo interesses públicos e temos que compreender os limites dessa negociação. No ano passado, quando o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) caiu, o presidente Lula não pensou duas vezes: foi lá e complementou o déficit para que os prefeitos pudessem concluir o ano de forma adequada", disse o ministro em resposta à Luciana Freire, repórter da Rádio Metropole.

Segundo Haddad, a reunião com as lideranças municipais estava agendada para esta semana, mas, por conta da crise no Rio Grande do Sul, foi adiada. Ele contou ainda que chegou a receber propostas “interessantes” do presidente da Confederação Nacional dos Municípios e que tem certeza que chegará a um “denominador comum”.

“É uma proposta que vai numa direção interessante, do meu ponto de vista, e que eu penso em explorar essa possibilidade. Ela é mais sustentável no médio e longo prazo. Inclusive com as contas públicas”, disse Haddad, detalhando que a proposta em questão diz respeito à dívida consolidada dos municípios frente à previdência.

Haddad ainda ressaltou as vitórias do governo no Congresso Nacional. Segundo ele, mesmo com mudanças nos projetos enviados, todas as propostas foram deliberadas. "Desde 1º de janeiro nenhuma medida que mandamos para o Congresso saiu do jeito que enviamos, mas todas foram deliberadas. Mesmo perdendo um pouco, sempre agradeci a [Arthur] Lira e [Rodrigo] Pacheco", afirmou. "O jogo democrático é esse: ninguém impõe sua vontade. Você manda sua proposta, defende, mas na hora vai ter que entender que há uma série de constrangimentos, de outras visões legítimas", completou.

Com esse entendimento, Haddad aponta que há grandes chances do projeto ser aprovado. Segundo ele, a proposta que recebeu diz respeito à dívida consolidada frente à previdência social. Segundo ele, ela é mais sustentável no médio e longo prazo.