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Gravação mostra procuradores da Operação Lava Jato tentando induzir depoimento

Política

Gravação mostra procuradores da Operação Lava Jato tentando induzir depoimento

Procuradores responsáveis pela Operação Lava Jato foram flagrados tentando induzir o depoimento de um investigado na Operação Lava Jato. Em gravações obtidas pelo portal Consultor Jurídico, um homem com o nome de Edivaldo Pereira Vieira, que presta serviços de eletricista, pintor e jardinagem em casas e sítios, é intimado pelos procuradores a falar sobre um suposto trabalho realizado no sítio Santa Bárbara usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.[Leia mais...]

Gravação mostra procuradores da Operação Lava Jato tentando induzir depoimento

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Por: Matheus Simoni no dia 29 de abril de 2016 às 17:01

Procuradores responsáveis pela Operação Lava Jato foram flagrados tentando induzir o depoimento de um investigado na Operação Lava Jato. Em gravações obtidas pelo portal Consultor Jurídico, um homem com o nome de Edivaldo Pereira Vieira, que presta serviços de eletricista, pintor e jardinagem em casas e sítios, é intimado pelos procuradores a falar sobre um suposto trabalho realizado no sítio Santa Bárbara usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após o investigado negar que tenha realizado os serviços, ele chegou a ser ameaçado. "Se o senhor disser isso, eu apresento documentos, e aí vai ficar ruim pro senhor", diz um dos procuradores.

Edivaldo aparece na longa lista de acusados que consta no mandado de busca e apreensão assinado pelo juiz Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, no âmbito da 24ª etapa da Lava Jato, que investiga se o ex-presidente Lula é o dono de sítio em Atibaia.

Ele nega conhecer um dos donos do imóvel, o empresário Jonas Suassuna. No entanto, o procurador continua a pressioná-lo. "É a primeira vez, o senhor nos conheceu agora, e eventualmente talvez a gente chame o senhor pra depor oficialmente, tá? Aí, é, dependendo da circunstância nós vamos tomar o compromisso do senhor, né, de dizer a verdade, aí o senhor que sabe", afirmou. A conversa foi gravada pelo filho do interrogado, um trabalhador da região de Atibaia. Ainda de acordo com o Conjur, os procuradores do Ministério Público Federal são Athayde Ribeiro Costa, Roberson Henrique Pozzobon, Januário Paludo e Júlio Noronha. A ameaça feita contra testemunhas, com intuito de influenciar o resultado de uma investigação criminal, é considerada crime, previsto no artigo 344 do Código Penal, de coação no curso do processo. Ouça as gravações: