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Domingo, 14 de abril de 2024

Política

Ministro do STF envia para Moro indício de propina na Petrobras no governo FHC

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nesta segunda-feira (2) para o juiz Sérgio Moro, da primeira instância da Justiça Federal em Curitiba, um trecho da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) que pode ligar o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) ao esquema de corrupção na Petrobras. [Leia mais...]

Ministro do STF envia para Moro indício de propina na Petrobras no governo FHC

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Por: Matheus Simoni no dia 02 de maio de 2016 às 19:56

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nesta segunda-feira (2) para o juiz Sérgio Moro, da primeira instância da Justiça Federal em Curitiba, um trecho da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) que pode ligar o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) ao esquema de corrupção na Petrobras. De acordo com o ministro, o material relata suposto pagamento de propina envolvendo a estatal.

Em depoimentos a investigadores da Lava Jato, Delcídio contou sobre a aquisição de uma máquina da empresa Alstom para a Refinaria Landulfo Alves, na Bahia. Segundo o senador, o equipamento já havia apresentado defeitos em outros países e a construtora OAS manifestou interesse em comprá-lo. De acordo com Delcídio, na ocasião, um ex-diretor da construtora, Carlos Laranjeira, teria falado uma propina entre US$ 9 milhões e 10 milhões "possivelmente" para políticos ligados ao PFL da Bahia, atual DEM.

O pedido foi formulado pelo Procurador-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot e enviado por Teori para Moro, que é o responsável pelo julgamento dos processos da Lava Jato na primeira instância. "Faz-se necessário averiguar até que ponto as declarações do colaborador encontram eco nas evidências angariadas no Caso Lava Jato", escreveu ele no pedido.

Em nota enviada ao site G1, a assessoria do ex-presidente FHC declarou que ele nunca tomou conhecimento desses fatos enquanto era presidente e que espera que tudo seja esclarecido e que todas as denúncias sejam investigadas.