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Procurador estima que Zelada movimentou 11 milhões de euros no exterior

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Procurador estima que Zelada movimentou 11 milhões de euros no exterior

O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada, que foi preso nesta quinta-feira (2), na décima quinta fase da Operação Lava Jato, recebeu valores de exercícios da estatal como o aluguel de navios-sonda e fez remessas de recursos entre a Suíça e o Mônaco, segundo informações divulgadas pelo Ministério Público. [Leia mais...]

Procurador estima que Zelada movimentou 11 milhões de euros no exterior

Foto: Ed Ferreira/ Estadão

Por: Paloma Andrade no dia 02 de julho de 2015 às 17:00

O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada, que foi preso nesta quinta-feira (2), na décima quinta fase da Operação Lava Jato, recebeu valores de exercícios da estatal como o aluguel de navios-sonda e fez remessas de recursos entre a Suíça e o Mônaco, segundo informações divulgadas pelo Ministério Público. 

O procurador Carlos Fernando Santos Lima disse que houve uma movimentação em contas no exterior, logo após o início da Lava Jato, o que indicaria um interesse de ocultar recursos. “Temos valores e temos indicativos fortes de que havia problema na área de sonda da Petrobras. E movimentação [de recursos] no exterior posterior ao início da Lava Jato com remessas bancárias para a China, o que indica uma continuidade do crime de lavagem de dinheiro que motivou principalmente a prisão”, explicou. 

Ainda segundo o procurador, estima-se que 11 milhões de euros tenham sido transferidos entre países europeus, o que é incompatível com a renda do ex-diretor. Carlos Fernando informou ainda, que a prisão de Zelada marcou o encerramento da décima quinta fase de investigações nas diretorias, mas a averiguação na estatal não chegou ao fim.  “Depois de um ano e meio dessa fase de investigação, cremos que não existem indicativos de maiores desvios em outras diretorias, com outros diretores. Não posso dizer que não vão surgir [indícios] porque me surpreendo a cada dia com o nível de provas que conseguimos. Mas o núcleo básico [do esquema] já está bem delineado”, esclareceu o procurador. 

O núcleo básico citado por Carlos Fernando Lima é formado por quatro ex-diretores da Petrobras que foram presos: Nestor Cerveró, da Área Internacional, antecessor de Zelada; Renato Duque, da Área de Serviços e Engenharia; Paulo Roberto Costa, da Área de Refino e Abastecimento e Jorge Zelada.