Dilma Rousseff ataca Moro e critica vazamentos de conversas: “É crime”

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) fez duras críticas ao que chamou de “excessos de espetacularização” na divulgação de gravações de diálogos ordenadas pelo juiz Sérgio Moro. Entre os excessos, a petista incluiu a divulgação do telefonema dado por ela ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as vésperas da posse dele como ministro-chefe da Casa Civil. Na época, Moro chegou a afirmar que “pelo teor dos diálogos degravados, constata-se que o ex-presidente já sabia ou pelo menos desconfiava de que estaria sendo interceptado pela Polícia Federal, comprometendo a espontaneidade e a credibilidade de diversos dos diálogos”.

Segundo Dilma, o mero pedido de desculpas de Moro ao Supremo Tribunal Federal (STF) após o vazamento não deveria ser algo admissível. “Em qualquer democracia de país desenvolvido, o juiz que autorizasse, sem que o Supremo Tribunal Federal permitisse, o vazamento de algo do presidente, seria considerado crime de segurança nacional. E o que o juiz faz? Pede desculpas. Mas não é uma questão de desculpas. Isso é crime. E por que fazem? Pra criar esse caldo de cultura. Que cultura? A cultura do golpe. A cultura para produzir o golpe”, disse em entrevista à Metrópole, na manhã desta terça-feira (28). 

Ouça a entrevista completa abaixo: