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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Política

À Metrópole, Dilma reconhece erros e confissão repercute na imprensa nacional

Na última terça-feira (28) a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) foi entrevistada na Rádio Metrópole e falou sobre os últimos episódios da política nacional e o processo de impeachment contra ela que está sendo analisado pelo Senado [Leia mais...]

À Metrópole, Dilma reconhece erros e confissão repercute na imprensa nacional

Foto: Reprodução/Folha de S.Paulo

Por: Bárbara Silveira no dia 29 de junho de 2016 às 08:40

Na última terça-feira (28) a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) foi entrevistada na Rádio Metrópole e falou sobre os últimos episódios da política nacional e o processo de impeachment contra ela que está sendo analisado pelo Senado. Questionada por Mário Kertész sobre qual teria sido o maior erro da sua gestão, Dilma não hesitou em responder que foi a aliança com o PMDB – partido do até então vice-presidente, Michel Temer, que assumiu o poder de forma provisória. 

A confissão da petista repercutiu na imprensa nacional, o jornal Folha de S. Paulo destacou ainda que Dilma vê a possibilidade de retornar do poder após a votação do processo de impeachment, que deve ser concluído em agosto. Já o portal Uol  também chamou a atenção para a afirmação da presidente afastada que a questão não é pessoal contra Temer.   “O erro mais óbvio que cometi foi a aliança que fiz para levar a presidência nesse segundo mandato com uma pessoa que explicitamente, diante do país inteiro, tomou atitudes de traição e usurpação. Claro que não é uma questão pessoal. Não acho que o vice-presidente representa a si mesmo. O grupo que ele representa, e o encontro com Eduardo Cunha [no último domingo] mostra isso, é um grupo político. E eu errei em fazer aliança com esse grupo político”, disse à Metrópole

Na ocasião, Dilma afirmou ainda que faltou ao seu governo ser mais contundente “para denunciar a existência de um golpe” no país. “Articulado por um setor importante da mídia. Acho que as criticas feitas internacionais em relação à mídia brasileira são procedentes. Articulado também com uma parte descontente que foi para as ruas dizendo que não queria pagar o pato [referência a uma campanha da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo], e estamos vendo quem é que eles querem que pague o pato: o povo desse país, que sempre pagou o pato e teria que continuar pagando.  Eu não vi [a suposta armação de um golpe] a priori. Só vi a posteriori. Não vi antes, só vi depois. Isso significa que foi uma falha. Mas não é uma insensatez, que é quando você vê na hora e não muda. Tinha de ter visto antes. Tinha de ter havido um combate mais cerrado. Mas eu jamais pensei que veria um novo processo de golpe no país", afirmou.

Ouça a entrevista completa abaixo: