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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Política

Em depoimento à Lava Jato, Sérgio Brito nega coligação e aliança com Cunha

A Justiça federal em Salvador ouviu, nesta segunda-feira (25), o deputado federal Sérgio Brito (PSD-BA), como testemunha no processo em que o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB), é acusado de receber propina no aluguel de navios-sonda pela Petrobras [Leia mais...]

Em depoimento à Lava Jato, Sérgio Brito nega coligação e aliança com Cunha

Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Por: Alaine Brasil no dia 26 de julho de 2016 às 18:21

A Justiça federal em Salvador ouviu, nesta segunda-feira (25), o deputado federal Sérgio Brito (PSD-BA), como testemunha no processo em que o deputado afastado, Eduardo Cunha (PMDB), é acusado de receber propina no aluguel de navios-sonda pela Petrobras.

De acordo com denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República, baseada na delação premiada do doleiro Alberto Youssef, Brito teria, a pedido de Cunha, assinado em 2011 dois requerimentos que pediam informações sobre auditorias em contratos da Petrobras com a Mitsui, empresa responsável pelo aluguel do navio-sonda.

O deputado baiano negou, em depoimento, ser aliado de Cunha e afirmou ter um histórico de desavenças e disputas com o ex-presidente da Câmara. Ele disse ainda que enfrentou oposição de Cunha na disputa pela comissão de Fiscalização e Controle da Câmara e que também apoiou o deputado José Carlos Araújo (PR-BA) - adversário de Cunha assumido - para comandar o Conselho de Ética.

Brito foi membro titular do Conselho de Ética até fevereiro deste ano e teve atuação a favor de Cunha durante a tramitação do pedido de cassação do então presidente da Casa. Em novembro, pediu vista do processo contra Cunha, adiando a votação da admissibilidade. No mês seguinte, pediu adiamento da análise do relatório do deputado Fausto Pinato (PP-SP), então relator do processo contra o peemedebista. Já em fevereiro deste ano, Sérgio Brito pediu afastamento do Conselho de Ética "por motivos de saúde", abrindo espaço para o deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), que era declaradamente a favor de Cunha.