Lúcio nega briga por vice em Salvador: “Minha discussão não é por cargo”

Postergado inúmeras vezes, o anúncio do nome que vai compor a chapa de ACM Neto na candidatura a reeleição em Salvador continua rendendo bastante. Na última quarta-feira (27), o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB) afirmou que o partido não vai abrir mão do vice na chapa de ACM Neto para a reeleição em Salvador.  Porém, em entrevista à Rádio Metrópole nesta quinta-feira (28), o deputado explicou que a briga não é pelo cargo e tem uma fundamentação mais ampla e elogiou a presidente estadual do PRB Bahia, deputada federal Tia Eron e o líder do PRB na Câmara dos Deputados, Márcio Marinho, que lutam pela escolha de João Roma, ex-chefe de gabinete da prefeitura, para vice. 

“Tia Eron é uma grande deputada. O Marcio Marinho é uma figura espetacular, meu querido amigo, eles estão no legítimo direito, que respeito, de pleitear o cargo de vice para o seu partido. A minha discussão não é por cargo, a minha discussão é por Salvador, é por projetos. Se eu tivesse tão interessado na vice, eu teria sido o candidato, porque nasci em Salvador, tenho uma respeitabilidade nacional, modéstia a parte”, disse. 

Escolha de Bruno Reis

Lúcio argumentou ainda sobre a escolha do partido pelo nome de Bruno Reis para representar a sigla na disputa. “Poderia colocar meu nome e não o fiz ou então o de Fábio Mota, que está há mais tempo no PMDB, tem uma ligação familiar comigo. Temos essa relação de amizade e confiança, está no PMDB há mais tempo que o Bruno e não o fiz, porque? O Bruno teve uma grande votação em Salvador, fez um grande trabalho a frente da secretaria. Acho que dentro do PMDB neste momento o Bruno Reis reuniu melhores condições pra ser o nosso candidato”, afirmou. 

Para o deputado, é preciso lembrar que na prefeitura existe em curso um projeto que está dando certo. “Não queremos fazer um desserviço em Salvador, não tô apoiando a reeleição apenas de ACM Neto. Eu tô apoiando a reeleição de um projeto que está sendo aprovado. Não queria estar na pele de Neto. A decisão não está com ele. Ele coitado, tá como uma galinha ao molho pardo, um feijão na panela de pressão. Se a decisão fosse dele, quem sabe ele escolheria nenhum desses que estão aí, e sim outro. A decisão não é dele, ele é o coordenador do processo. Ele vai levar em conta as pressões do PRB, as ponderações do PMDB e as pressões dos demais  partidos. Tem que ouvir o PSDB, o DEM, tem que ouvir todos os partidos”, argumentou.