Defesa diz que relatório de indiciamento de Lula e Marisa é "peça de ficção"

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ex-primeira dama Marisa Letícia afirmou através de nota nesta sexta-feira (26), segundo o G1, que as conclusões do relatório do delegado da Polícia Federal Marco Antonio Anselmo que indiciou o casal e mais três pessoas por crimes como corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro "tem caráter e conotação políticos e é, de fato, peça de ficção".

De acordo com o advogado de Lula, "o relatório não parte de fatos, mas, sim, de ilações ou suposições". Ele fala que a peça não tem respaldo jurídico. "Lula e sua esposa não são proprietários do imóvel que teria recebido as melhorias; não são funcionários públicos, que é a premissa do crime de corrupção passiva; Lula não participou da contratação indicada no relatório, de forma que o relatório pretende lhe atribuir a prática de um crime sem que ele tenha qualquer envolvimento (responsabilidade objetiva, estranha ao Direito Penal)".

Ainda segundo a defesa, de acordo com o site, Lula e sua esposa não receberam qualquer bem, valor ou direito da OAS que tenha vindo de desvios da Petrobras e muito menos tinham conhecimento da suposta origem ilícita desses valores. O advogado falou que a peça tem motivação política porque, segundo ele, o delegado Marcio Adriano Anselmo "tem histórico de ofensas a Lula nas redes sociais e já expressou publicamente sua simpatia por campo político antagônico ao ex-presidente".