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Emendas liberadas em julho pelo governo equivalem ao total do primeiro semestre

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Emendas liberadas em julho pelo governo equivalem ao total do primeiro semestre

O governo do presidente Michel Temer liberou nas três primeiras semanas de julho o equivalente a quase todas as emendas parlamentares liberadas nos seis primeiros meses do ano, de acordo com um levantamento da ONG Contas Abertas. [Leia mais...]

Emendas liberadas em julho pelo governo equivalem ao total do primeiro semestre

Foto: Marcos Corrêa/PR

Por: Laura Lorenzo no dia 24 de julho de 2017 às 16:57

O governo do presidente Michel Temer liberou nas três primeiras semanas de julho o equivalente a quase todas as emendas parlamentares liberadas nos seis primeiros meses do ano, de acordo com um levantamento da ONG Contas Abertas.

De acordo com os dados da entidade, de janeiro a junho foram liberados R$ 2,12 bilhões. Já nas três primeiras semanas de julho, foram R$ 2,11 bilhões. Ainda de acordo com o levantamento, do total liberado em emendas em 2017, mais de 82% foram para deputados federais (R$ 3,5 bilhões) e o restante foi para senadores. As bancadas estaduais que mais receberam, segundo a ONG, foram as do Maranhão, Roraima e Rio Grande do Norte.

O aumento na liberação de emendas aconteceu em meio às articulações da base aliada para garantir a rejeição do relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) que recomendava o prosseguimento da denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O relatório foi recusado por 40 votos a 25.

Emendas parlamentares são recursos previstos no Orçamento, cuja aplicação é indicada pelo parlamentar e devem ser usados em projetos e obras nos estados e municípios. De acordo com o portal G1, o Palácio do Planalto afirmou em algumas oportunidades que as emendas são uma imposição legal e que o governo só está cumprindo a lei. A oposição, contudo, criticou a liberação em massa dos recursos no período próximo à votação, e alegou que isso garantiu votos em favor de Temer.