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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Política

"É preciso debater recursos para a saúde no país", diz Rui em análise sobre CPMF

Questionado se foi acerto da presidente Dilma Rousseff (PT) desistir da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), o governador Rui Costa afirmou que é preciso criar um debate sobre os recursos destinados à saúde no Brasil. [Leia mais...]

"É preciso debater recursos para a saúde no país", diz Rui em análise sobre CPMF

Foto: Secom/Bahia

Por: Camila Tíssia no dia 31 de agosto de 2015 às 11:48

Questionado se foi acerto da presidente Dilma Rousseff (PT) desistir da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), o governador Rui Costa afirmou que é preciso criar um debate sobre os recursos destinados à saúde no Brasil. "Eu estive com a presidente Dilma na sexta-feira e essa é a minha opiniao para ela. Os outros governadores do nordeste concordam. Nós já fizemos um documento para presidenta e realizamos seis reuniões este ano, todas pedindo prioridade para a saúde no país", disse Rui durante coletiva de imprensa na manhã de hoje (31). 

O governador acredita que  esse é um processo que deve ser conversado com a sociedade e todos os políticos, antes de tomar qualquer decisão definitiva. "É preciso chamar todo mundo e perguntar, o dinheiro atualmente destinado à saúde no país é suficiente? Sim ou não? Se a respota for não, tem uninimidade nisso. Eu acho que independente do partido, 100% concorda que o dinheiro atualmente é insuficiente. A eventual discordância é se vai acrescentar mais dinheiro e de onde ele vem".

Rui arriscou falar sobre possíveis propostas para resolver essa questão. "Cada um tem uma proposta diferente. Eu defendi, e continuo defendendo, que ao invés de lançar, primeiro chame todo mundo rapidamente e eu sou a favor que este ano ainda defina isso para entrar no orçamento de 2016. Chama um grupo de políticos representando as regiões e os partidos para construir, em um prazo de 30 ou 40 dias, uma proposta que possa tramitar com o consenso de todos de destinação de recursos para a area de saúde".

O governador defende que parte dos recursos pode ser de tributos existentes e direcionar para a área de saude e outro pode ser alguma mudança na legislação. "O Brasil é um dos países no mundo que tem um erro na sua estrutura de fiscal, a maior parte dos países capitalistas no mundo tem arrecadação do governo vindo da renda, vem da riqueza e não do consumo. Quando você faz pelo consumo, comete uma injustiça fiscal. O pobre e o rico pagam o mesmo imposto. O Brasil faz o inverso, cobra muito no consumo e pouco na renda. É hora de começar a mudar isso".