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ʹNão torço pela prisão de Lulaʹ, diz Aécio Neves

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ʹNão torço pela prisão de Lulaʹ, diz Aécio Neves

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou, em entrevista ao jornal Estadão, que não torce pela prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "pelo que ele representou para o país". A declaração foi dada após o senador ser questionado sobre sua opinião do agendamento do julgamento do recurso do petista para o dia 24 de janeiro sobre o caso do tríplex no Guarujá.[Leia mais...]

ʹNão torço pela prisão de Lulaʹ, diz Aécio Neves

Foto: Agência Brasil

Por: Paloma Morais no dia 17 de dezembro de 2017 às 11:04

Atualizado: no dia 17 de dezembro de 2017 às 11:17

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou, em entrevista ao jornal Estadão, que não torce pela prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "pelo que ele representou para o país". A declaração foi dada após o senador ser questionado sobre sua opinião do agendamento do julgamento do recurso do petista para o dia 24 de janeiro sobre o caso do tríplex no Guarujá. 

"Eu não torço pela prisão do Lula. Não torço pelo que ele representou para o país. Mas ele tem de responder para a Justiça, que não pode ser seletiva", disse. 

Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a nove anos e seis meses de prisão. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que julgará a ação, é a segunda instância dos processos da Lava Jato. Se condenado pelo TRF-4,  ele poderá se tornar inelegível pelos critérios da Lei da Ficha Limpa e sua prisão poderá ser efetuada.

Mesmo em meio a outros seis processos, para ele, Lula deve conseguir se candidatar à Presidência em 2018. "Não é apenas a decisão do TRF da 4.ª Região, mas os recursos que ele ainda pode entrar. Depois de um determinado período, em junho, quando as convenções são realizadas, acho difícil impedir uma candidatura presidencial. Quanto mais cedo essa questão for resolvida, melhor para o processo eleitoral. O PSDB precisa estar preparado para disputar com qualquer um, até mesmo com o Lula", falou. O período de inscrição dos candidatos à presidência vai do dia 20 de julho ao dia 5 de agosto. 

Na oportunidade, Aécio ainda falou sobre uma gravação em que pede R$ 2 milhões a Joesley Batista, dono da JBS. Ele voltou a negar que tenha cometido qualquer crime e disse que foi vítima de “uma ação planejada com a participação de membros da Procuradoria-Geral da República”. O senador afirmou que se tratou apenas de empréstimo ofertado pelo próprio Joesley.

"Ele ofereceu um empréstimo para eu pagar os advogados dessa forma. Isso obviamente negociado no objetivo da sua delação. Ele disse que ia me emprestar esses recursos das “suas lojinhas”. Recurso privado em dinheiro. Eu aceitei. Foi um erro. Pagaria com a venda de um apartamento. Esse recurso depois foi integralmente devolvido. O Estado não foi lesado. Não há contrapartida. Concordo que as imagens dão a impressão disso, no contexto negativo. Pago um preço altíssimo", disse.