Política
Senadora comemora fim de financiamento privado de campanhas políticas
Em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã desta quinta-feira (3), a senadora Lídice da Mata (PSB), falou sobre a aprovação da reforma política que proibe o financiamento de campanhas pela iniciativa privada. A votação aconteceu no Senado [Leia mais...]
Foto: Tácio Moreira/Metropress
Em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã desta quinta-feira (3), a senadora Lídice da Mata (PSB), falou sobre a aprovação da reforma política que proibe o financiamento de campanhas pela iniciativa privada. A votação aconteceu no Senado, na última quarta-feira (2). Foram 36 votos favoráveis e 31 contrários. "Foi apertado. Foi uma votação que para você ter ideia, quando saiu 36 a 31, os que votaram 'sim' pensaram que tinham perdido. Precisou de uns 2 segundos para cair a ficha e a gente poder comemorar", disse.
"Foi feito ao mesmo tempo, um esforço de diminuição radical dos custos de campanha. Por exemplo, não vai ser mais possível mini trio e carro de som passando, circulando. Pela proposta do Senado, esses equipamentos só poderão ser usados em local parado, ou seja, se vai fazer um comício, uma concentração, uma reunião, mas não para ficar rodando na cidade. Foi considerado um custo alto", afirmou a senadora.
Lídice comentou ainda sobre o constrangimento enfrentado por políticos que não estão envolvidos em escândalos. "Desde que no Brasil se começou o financiamento privado empresarial de campanha, a cada final de eleição você passa por um período de acusações, de denuncias, e isso torna o ambiente politico diminuido, amesquinhado (...) por que o cidadão já olha para o político com uma certa desconfiança", declarou. "Aquele político que não é denunciado, não se encontra em uma lista, também se sente constrangido. Com essa situação, todos ficam em um certo pânico. O processo de prestação de contas também se torna uma coisa que cada vez mais se burocratiza. A prestação de contas por R$ 30, R$ 200, R$ 500 corre o risco de ser condenadas ou rejeitadas em função de irregularidades desse porte", completou.
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