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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Política

"O mundo desabou na cabeça da presidente", diz Eliane Cantanhêde

A jornalista e comentarista da Metrópole Eliane Cantanhêde foi entrevistada nesta quinta-feira (8), durante o Jornal da Cidade 2ª Edição, e falou sobre a atual crise política em que o país se encontra. Ela comentou sobre a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) em recomendar a rejeição das contas do governo da presidente Dilma Rousseff em 2014. [Leia mais...]

"O mundo desabou na cabeça da presidente", diz Eliane Cantanhêde

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Por: Matheus Simoni no dia 08 de outubro de 2015 às 17:56

A jornalista e comentarista da Rádio Metrópole Eliane Cantanhêde foi entrevistada nesta quinta-feira (8) pelo apresentador Mário Kertész, durante o Jornal da Cidade 2ª Edição, e falou sobre a atual crise política em que o país se encontra. "Brasília está pegando fogo, Mário, como há muito tempo eu não via. Tenho muitos anos de praia, estou acostumada a ver a política brasileira pegar fogo. Mas ninguém viu ainda uma luz no fim do túnel como a presidente viu", declarou Cantanhêde, fazendo referência à declaração de Dilma em entrevista à Metrópole, quando a presidente afirmou ainda existir esperança para que o país saia da crise em que se encontra. A comentarista falou sobre a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) em recomendar a rejeição das contas do governo da presidente Dilma Rousseff em 2014.

Segundo ela, além desta notícia, a presidente sofreu outros duros golpes. "A presidente perdeu todas. Fez a reforma ministerial, deu posse aos novos ministros e todo o Palácio do Planalto estava animado. Pensavam: 'Agora vai, ela vai ter um refresco na crise'. Mas aconteceu o oposto. O mundo desabou na cabeça da presidente e ela teve 5 derrotas consecutivas", afirmou a jornalista.

Além da questão do TCU, Dilma também amargou derrota no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que reabriu a ação que julga as contas de campanha da chapa encabeçada por ela e por Michel Temer, atual vice-presidente. Outra notícia ruim para Dilma foi a tentativa do governo de barrar as duas sessões no Supremo Tribunal Federal (STF), além da falta de quórum necessário para julgar os vetos presidenciais no Congresso, já que, por duas vezes consecutivas, não foi atingida a quantidade mínima de deputados presentes na sessão para analisar a matéria.

"É uma semana de muitas derrotas e de um peso político muito carregado", disse Cantanhêde.