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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Política

Delcídio teria sugerido que Cerveró fugisse do Brasil, aponta investigação

Após divulgação da prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo petista no Senado, investigações apontam como aconteceu o processo. A prisão foi feita na manha de hoje (25), pela Polícia Federal, durante uma operação, autorizada pelo STF, pela suspeita do parlamentar estar atrapalhando apurações da Operação Lava Jato. [Leia mais...]

Delcídio teria sugerido que Cerveró fugisse do Brasil, aponta investigação

Foto: Reprodução / Agência Brasil

Por: Camila Tíssia no dia 25 de novembro de 2015 às 08:50

Após divulgação da prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo petista no Senado, investigações apontam como aconteceu o processo. A prisão foi feita na manha de hoje (25), pela Polícia Federal, durante uma operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pela suspeita do parlamentar estar atrapalhando apurações da Operação Lava Jato. 

Além do senador, foi detido também o presidente do banco BTG Pactual, André Esteves. O advogado Edson Ribeiro, que faz a defesa do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, tem um mandado de prisão expedido que não foi cumprido porque ele está nos Estados Unidos.

A prova da tentativa de obstrução é uma gravação feita pelo filho de Cerveró que mostra a tentativa do senador de atrapalhar as investigações e de oferecer fuga para o ex-diretor não fazer a delação. Delcídio sugeriu que Cerveró fugisse do Brasil, por terra, pelo Paraguai e depois de avião para a Espanha. Ele chegou a sugerir também o avião a ser usado.

Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), em documento enviado ao STF, o acordo entre BTG e Edson Ribeiro serviria para repasse de dinheiro para financiar a família de Cerveró. Um contrato falso de advocacia seria firmado. Os honorários do advogado Edson Ribeiro, que Delcídio teria prometido pagar para que Cerveró não firmasse delação, era de R$ 4 milhões. O pagamento de vantagem ilegal seria feito por meio de contrato com o BTG Pactual.

O advogado usava de instrumentos legais e escusos para defender a liberdade de Cerveró. Ele tinha em seu poder documento do acordo de delação de Nestor Cerveró e Delcídio não avisou autoridades da irregularidade.