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"A Bahia é o retrato perfeito" diz jornalista sobre declínio do controle dos EUA na indústria mundial

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"A Bahia é o retrato perfeito" diz jornalista sobre declínio do controle dos EUA na indústria mundial

Leonardo Attuch comentou a chegada da montadora chinesa BYD em entrevista à Rádio Metropole nesta quinta-feira (25)

"A Bahia é o retrato perfeito" diz jornalista sobre declínio do controle dos EUA na indústria mundial

Foto: Fernanda Vilas Boas/Metropress

Por: Metro1 no dia 25 de abril de 2024 às 12:32

Atualizado: no dia 25 de abril de 2024 às 13:26

A saída da fábrica da Ford da Bahia e a chegada da montadora chinesa BYD no Polo Industrial de Camaçari é o retrato perfeito da mudança na ordem na indústria mundial. A análise é do jornalista e fundador do portal Brasil 247, Leonardo Attuch. Em entrevista à Rádio Metropole nesta quinta-feira (25), ele falou sobre o declínio norte-americano no controle industrial e a ascensão de um mundo multipolar, protagonizado pela China.

"A Ford foi embora do Brasil depois de 50 anos. E é interessante esse processo da Ford porque antes de sair do Brasil ela sai do ABC em São Paulo. Por que ela sai do ABC? Porque na globalização as indústrias precisavam buscar custos menores de produção. Então saíram de São Paulo e foram para a Bahia e mesmo assim não foi suficiente. Agora saindo do Brasil, quem vem? Vêm os chineses, quer dizer então que Bahia é um retrato perfeito", avaliou.

Attuch apontou ainda que a chegada da montadora chinesa não só demonstra a fortificação das relações Brasil-China, existentes há 50 anos, como também exemplifica uma nova forma de fazer indústria, através da produção in loco, e não apenas exportadora. "O Brasíl é um parceiro estratégico, de altíssimo nivel. Acho que os chineses chegaram à conclusão, na relação com o Brasil, de que não vão ser apenas exportadores de grandes produtos industriais. Eles tomaram a decisão de produzir cada vez mais localmente", explicou.

Segundo o jornalista, essa ação de estar cada vez mais presente é necessária neste novo momento e pode ter sido impulsionada pelo crescimento da ultra-direita ao redor do mundo, agora que há a possibilidade de Donald Trump retornar à presidência dos Estados Unidos . "A gente vive em um momento de libertação mundial. É muito interessante esse momento atual".

Confira a entrevista na íntegra: