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Após discussão no Mojubá, reunião discute implantação da Delegacia de Crimes Raciais na Bahia

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Após discussão no Mojubá, reunião discute implantação da Delegacia de Crimes Raciais na Bahia

Assunto foi abordado no programa da Rádio Metrópole em dezembro, com participação do vereador Edvaldo Brito, autor da proposta

Após discussão no Mojubá, reunião discute implantação da Delegacia de Crimes Raciais na Bahia

Foto: Divulgação

Por: Cristiele França no dia 22 de janeiro de 2019 às 11:40

Em reunião realizada ontem (21), Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, entre o vereador Edvaldo Brito e o secretário de Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, foi discutida a possibilidade de implantação no estado de uma Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) na Bahia.

A discussão sobre o assunto começou no programa Mojubá, da Rádio Metrópole, do último dia 10 de dezembro, quando participaram o vereador Edvaldo Brito, juntamente com o desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia, Lidivaldo Brito, e com a delegada da Polícia Civil, Patricia Pinheiro. Na ocasião, o mesmo se comprometeu a levar a proposta de criação da Decradi adiante. O tema já havia sido abordado com o secretário e o governador Rui Costa na ultima quinta-feira (17), durante os festejos do Bonfim, e a audiência oficializou o pedido.

O vereador, que também é jurista e Baba Egbe do Terreiro do Gantois, tem histórico de luta contra a intolerância religiosa. Foi de sugestão e autoria de Edvaldo Brito, então secretário estadual de Justiça, o decreto de 15 de janeiro de 1976, que o governador Roberto Santos extinguiu a necessidade de os terreiros pedirem à polícia autorização para a realização dos cultos.

“A criação desta delegacia já está prevista em lei estadual de junho de 2014 e na Constituição Federal. Será o instrumento próprio para cuidar desses casos atentatórios à liberdade de crença, mediante o livre exercício dos cultos religiosos, enquadrados no Código Penal. Somos um país que tem histórico de respeito ao próximo e às crenças, e devemos ampliar cada vez mais esse direito intrínseco de cada ser humano, que é o de professar a fé que ele acredita”, declarou Brito.

Durante a audiência, o secretário Maurício Barbosa garantiu que a criação de um órgão de combate à intolerância religiosa está em estudo e será uma das medidas concretizadas este ano. “Ainda não definimos o modelo, provavelmente será uma coordenação que vai gerir o assunto em todo estado, mas ainda não decidimos a nomenclatura”.