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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Bahia

Número de pessoas que cuidam de parentes na Bahia tem maior aumento absoluto do país

Forma de trabalho remunerado foi a que mais avançou no estado entre 2017 e 2018, segundo o IBGE

Número de pessoas que cuidam de parentes na Bahia tem maior aumento absoluto do país

Foto: Matthias Zomer / Pexels

Por: Juliana Rodrigues no dia 26 de abril de 2019 às 13:20

Entre 2017 e 2018, a Bahia teve o maior aumento absoluto do país no número de pessoas que afirmavam cuidar de parentes residentes no mesmo domicílio ou em outra residência, de acordo com dados divulgados hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De um ano para o outro, esse grupo passou de 3,7 milhões para 3,9 milhões de pessoas de 14 anos ou mais de idade, um aumento de 187 mil pessoas, ou 5%.

A atividade foi o tipo de trabalho não remunerado cuja taxa de realização mais avançou na Bahia, durante esse período. Em 2018, 33% dos baianos cuidavam de parentes. Embora acima da média nacional (31,8%), o índice é apenas o 10º entre os estados.

A tarefa ainda é mais realizada pelas mulheres, mas o índice de homens que cuidam de parentes apresentou alta de 2017 para 2018 no estado. No ano passado, 4 em cada 10 baianas de 14 anos ou mais de idade (39,6%) cuidavam de pessoas, enquanto entre os homens a proporção era de 25,7%. Na comparação com 2017, quando na Bahia a taxa de realização de cuidados com parentes entre os homens era de 23,3%, o contingente masculino que realizava esse tipo de trabalho aumentou de 1,3 milhão para quase 1,5 milhão, um incremento de 147 mil pessoas (+11,3%). Ou seja, no estado, os homens foram responsáveis por quase 80% (78,5%) do crescimento total do grupo de pessoas que realizam cuidados de parentes.

O índice também cresceu mais entre as pessoas que se declaravam brancas (de 26,8% para 30,8%); entre as que tinham nível superior completo (de 28,0% para 37,5%); entre aquelas que trabalhavam (de 32,6% para 34,3%); e entre as que eram apontadas como responsáveis pelos domicílios em que viviam (de 31,8% para 33,7%).