Mensagens mostram que colegas de trabalho já tinham medo de procurador que agrediu a chefe

O procurador Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos, preso por agredir a procuradora-geral do município de Registro (SP), já era notado em seu ambiente de trabalho pelo temperamento agressivo. Uma conversa obtida pelo portal G1, datada de antes do episódio da agressão, mostra que colegas de trabalho já tinham medo do comportamento do homem desde antes do episódio de agressão. 
 
As mensagens foram enviadas no último dia 27, pela assistente administrativa Thainan Maria Tanaka à procuradora-geral Gabriela Samadello Monteiro de Barros, vítima das agressões. Elas dão conta de um episódio em que o procurador teria entrado “transtornado” na sala da procuradora. 
 
"O doutor Demétrius acabou de vir aqui, era 17h33, a 'Pri' [funcionária] falou com ele: 'Voltou, doutor?', mas ele nem a respondeu. Foi direto na sua sala e, depois, enfiou a cabeça na sala da doutora Kátia. Veio para 'quebrar o pau', estava transtornado!", disse assistente.
 
As mensagens mostram ainda  que os funcionários tinham medo de Demétrius. Thainan informou à procuradora-geral que um dos colegas, identificado como Lucas, teria trancado a porta para evitar que Macedo entrasse no local. "Lucas trancou a porta. Estamos dando um tempo para sair. Veio seco atrás de vocês. Foi assustador", disse.
 
O procurador agrediu Gabriela dentro da prefeitura da cidade, depois da abertura de um processo disciplinar contra ele. O procurador foi preso na manhã de quinta-feira (23), em São Paulo.