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Marcos Valério é alvo de nova operação por suspeita de integrar esquema bilionário

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Marcos Valério é alvo de nova operação por suspeita de integrar esquema bilionário

Investigação apura esquema que teria sonegado mais de R$ 215 milhões em ICMS em Minas Gerais

Marcos Valério é alvo de nova operação por suspeita de integrar esquema bilionário

Foto: Agencia Brasil/arquivo

Por: Metro1 no dia 02 de dezembro de 2025 às 15:27

O publicitário Marcos Valério, conhecido por atuar como operador do esquema do Mensalão, voltou a ser alvo de uma operação conjunta deflagrada nesta terça-feira (2) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A ação mira atacadistas, redes de supermercados e empresas do varejo suspeitas de envolvimento em crimes como sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Segundo o MPMG, as empresas investigadas teriam deixado de recolher mais de R$ 215 milhões em ICMS ao longo dos últimos anos. Entre os alvos está a rede Coelho Diniz, que atua no Leste de Minas e possui participação de cerca de 25% no Grupo Pão de Açúcar.

O caso está sob análise da 4ª Vara de Tóxicos, Organizações Criminosas e Lavagem de Bens e Valores de Belo Horizonte, especializada em crimes financeiros complexos. O processo corre sob sigilo absoluto para garantir a eficácia das diligências.

A operação cumpriu mandados de busca e apreensão em sedes de empresas e residências de empresários e funcionários. Foram recolhidos celulares, documentos, equipamentos eletrônicos e veículos de luxo supostamente usados na lavagem de dinheiro. Também foi decretada a indisponibilidade de bens no valor de R$ 476 milhões.

Nascido em Curvelo, na região Central de Minas, Marcos Valério foi sócio das agências DNA e SMP&B Comunicação. Ele ganhou notoriedade ao ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como operador financeiro do Mensalão, esquema que envolvia corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Depois do episódio, Valério passou a ser associado a operações de financiamento político e manobras financeiras ligadas a recursos públicos.

A nova operação coloca novamente o publicitário no centro de uma investigação de grande porte, desta vez envolvendo sonegação bilionária e um amplo grupo empresarial do setor varejista de Minas Gerais.