Brasil
Médicos cubanos têm desempenho similar ao de brasileiros em prova exigida por Bolsonaro
Regras do programa Mais Médicos permitem que profissionais estrangeiros atuem no país sem passar pelo Revalida
Foto: Reprodução
Os médicos cubanos que fizeram o Revalida, exame que permite a profissionais formados no exterior atuar no Brasil, têm desempenho similar ao de brasileiros graduados fora do país, de acordo com balanço do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os dados se baseiam na última edição da prova, aplicada em 2016, e foram divulgados pela Folha de S. Paulo.
Entre os cubanos que prestaram o exame, 24,3% foram aprovados, enquanto entre os brasileiros o índice foi de 28,5%. A média de todas as nacionalidades é de 24,8%.
O exame tem duas etapas: a primeira é uma prova escrita, com questões de múltipla escolha e discursivas, e a segunda é prática, com simulações de casos frequentes no SUS. Na primeira fase, 37,8% dos cubanos e 37,5% dos brasileiros foram aprovados.
Já na segunda fase, os cubanos tiveram índice de aprovação de 64,4%, pouco abaixo da média geral, que é de 66%. Os brasileiros formados no exterior tiveram 75,9% de aprovação.
Uma das críticas do presidente eleito Jair Bolsonaro à atuação dos cubanos no programa Mais Médicos é relacionada à não exigência do Revalida para a atuação dos profissionais. Criado em 2013, o programa permite que médicos estrangeiros atuem no país sem passar pela prova.
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