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Vítima diz ter sido estuprada, baleada e jogada em rio por João de Deus

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Vítima diz ter sido estuprada, baleada e jogada em rio por João de Deus

Segundo reportagem exibida ontem pelo Fantástico, médium ainda teria envolvimento com dois assassinatos

Vítima diz ter sido estuprada, baleada e jogada em rio por João de Deus

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por: Juliana Rodrigues no dia 25 de março de 2019 às 15:20

Uma mulher acusa o médium João de Deus de tê-la estuprado e tentado assassiná-la a tiros na década de 1970. Em depoimento exibido ontem (24) no programa Fantástico, da TV Globo, a vítima afirmou que o caso aconteceu quando ela tinha 17 anos de idade.

A mulher relatou ter ido à Casa Dom Inácio de Loyola, onde o médium fazia os atendimentos e cirurgias espirituais, acompanhando uma tia doente. Na época, João de Deus a levou de carro até uma ponte para fazer o que chamou de "limpeza espiritual". Quando estavam no local, o médium tirou a roupa da então adolescente e também ficou nu.

"Eu falei: ‘Não, me deixa, eu vou casar. Não faz isso, não’. Quando ele praticou o ato sexual comigo, eu comecei a ter uma hemorragia muito forte", lembrou a  mulher.

Assustado com a hemorragia, o médium teria tentado matá-la atingindo sua cabeça. "Eu acredito que tenha sido uma pedrada. Eu pegava no cabelo, o sangue descia todo. Depois ele disparou a arma", disse a vítima. Segundo a mulher, o médium ainda teria lhe atirado da ponte. Na ocasião, ela foi resgatada por um pescador. O crime, ocorrido em 1973, já prescreveu.

A reportagem do Fantástico ainda cita o suposto envolvimento de João de Deus no homicídio de uma alemã de 65 anos, em 2006, que não foi investigado. A mulher teria sido morta após acusar o médium de charlatanismo.

Em outro processo, de 1982, no qual o médium foi absolvido por falta de provas, ele é acusado de ser o mandante da morte de um taxista. O assassinato teria sido encomendado após João de Deus achar que sua mulher estaria tendo um caso com a vítima.

Além dos casos citados, João de Deus já foi denunciado por tráfico de cocaína e de material radioativo. Todos os casos foram arquivados ou terminaram com a absolvição do médium.