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'Essa história de que Amazônia pertence à humanidade é bobagem', diz ministro

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'Essa história de que Amazônia pertence à humanidade é bobagem', diz ministro

Ricardo Salles foi questionado sobre uma suposta proposta de ambientalistas de "congelar" a região como uma espécie de “pulmão planetário”

'Essa história de que Amazônia pertence à humanidade é bobagem', diz ministro

Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil

Por: Juliana Almirante no dia 24 de agosto de 2019 às 16:40

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse hoje (24), em entrevista ao jornal Estado, que a Amazônia é um patrimônio brasileiro e não pertence ao mundo. 

Ele foi questionado sobre uma suposta proposta de ambientalistas de "congelar" a região como uma espécie de “pulmão planetário”.

"A Amazônia não é pulmão do mundo. Isso já foi dito e reconhecido. A Amazônia tem o seu ciclo fechado. Ela emite o que ela mesma consome. Agora, ela tem um papel importante de regulação hidrológica, das chuvas, a história dos “rios voadores” que irrigam a agricultura no resto do Brasil. Tudo isso é verdade. Então, ela tem uma função importante para a questão climática aqui no Brasil. Ela é um patrimônio brasileiro. Essa história de que pertence à humanidade é uma bobagem. Nós temos soberania sobre a Amazônia", defendeu.

O ministro quer ainda que o Brasil escolha um modelo "viável economicamente" de proteção da floresta. "Somos nós que temos de escolher e somos nós que temos de implementar. Todo o cuidado com a Amazônia que inspira atenção do mundo inteiro é bem-vindo, mas a autonomia de fazer isso é da população brasileira", declarou.

Ele também comentou a declaração do presidente da França, Emmanuel Macron, que chamou as queimadas que estão ocorrendo na Amazônia de “crise internacional” e disse que a questão deve ser discutida na reunião do G-7, que começa hoje. 

"O presidente Macron está querendo tirar dividendos políticos da situação sobretudo no momento em que suas próprias políticas ambientais não estão sendo bem-sucedidas, em especial no que se refere ao não cumprimento das metas de redução das emissões de carbono previstas no Acordo de Paris", acusou.