Roda Baiana: Márcia Short fala de projetos e da arte feita na pandemia 

A cantora Márcia Short foi uma das convidadas desta sexta-feira (16) do Roda Baiana. A cantora conversou com Fernando Guerreiro e Faustão sobre os projetos criados durante o período de isolamento. Márcia fará uma live na próxima quarta-feira (21) para homenagear o compositor Saul Barbosa. O show acontece às 19h através do canal da artista no Youtube.

Apesar dos shows virtuais, a artista conta que não encarou com facilidade as mudanças geradas nas formas de fazer arte na pandemia. “Confesso que o primeiro momento, pra mim, foi muito difícil. Foi muito difícil. Eu fiquei muito impactada, porque eu vivo exclusivamente, da música, a minha realidade, como tantas outras as pessoas que vivem da cultura, foi muito preocupante, eu fiquei com o bloqueio de criação assim, eu não consegui inventar nada. Por isso, eu abri meu baú e revisitei os projetos que eu já tinha. E tô com muita dificuldade, assim, de me adaptar a esse momento de produzir, pedir, pedir, concretizar, né? O dia a dia, tirar o sustento da nossa vida pra, pra nossos filhos e pra, pras nossas coisas, nesse momento em que a gente não consegue trabalhar é difícil”, diz a artista.

Questionada sobre o que faz mais falta nesse período, a cantora não tem dúvidas. “Sinto falta do palco, eu sinto falta do ao vivo, eu sinto falta do do de trocar aquele olhar com com a primeira fila, sente falta do esforço pra ver se o último tá ouvindo. Fiz uma live recentemente e quase chorei de saudade de pensar ali cantando e pensando, meu Deus, quando isso será possível? Quando é que a gente vai poder fazer essa viagem real? E até agora me emociona porque eu realmente isso hoje é minha grande angústia. Quando é que a gente vai poder ver nosso povo junto? Quando é que a gente cantar pra pra o povo de novo”, questiona Márcia.

Sobre a live que revisita composições de Saul Barbosa, falecido há 10 anos, ela acredita ser importante.  “Vai ser assim uma sequência de de melodias e letras geniais. Eu acho que é super importante colocar luz nesse repertório de Saul, informar essa nova geração, da obra desse compositor, chamar atenção. Também das cantoras que tão aí em movimento que regravem Saul, que visitem essa obra, porque é um, um, um autor importantíssimo pra Bahia, e agora, aos dez anos da sua passagem, a gente tá trazendo vida pra esse repertório”, defende.