Cidade
Infectologista atribui 'domingo sem óbito' à vacinação, mas alerta para risco de crescimento pela variante
Além disso, muitos não estão tomando a segunda dose do imunizante
Foto: Bruno Concha/Secom
A vacinação na capital baiana já alcança os "idosos de 26 anos", como costuma brincar o prefeito Bruno Reis nas redes sociais. Uma outra notícia boa que os soteropolitanos, em especial, receberam no último domingo (8), é que não foram registradas mortes por Covid na cidade nas últimas 24h, segundo dados da Secretária de Saúde da Bahia. Em conversa com a infectologista e pesquisadora da Fiocruz, Fernanda Grassi explicou contente ao Metro1 como podemos identificar que esses dados são relacionados.
"Todos os indicadores relativos a doença estão diminuindo. Isso ocorre desde o final de maio, se manteve em julho, e continua também nesse início de agosto. É questão de se analisar as taxas de transmissão, internação em UTIs Covid e essa ótima notícia, relacionada a mortalidade. Em paralelo, avançamos muito na aplicação da primeira dose, que já tem uma certa eficacia", disse Grassi.
No entanto, a infectologista alerta para o ainda frágil cenário de vacinação. Muitos brasileiros não estão tomando a segunda dose, além disso, há a variante delta, que provocou o recrudescimento da doença, e, em consequência, a volta de medidas rígidas para conter o vírus.
"Ainda é necessário cautela, distanciamento e uso de máscara, pois o avanço ainda é muito frágil. Existe a variante delta que já mostrou seu efeito em outros países, como Estados Unidos, França e Reino Unido — com boas taxas de vacinação até para segunda dose — que causou uma volta das medidas restritivas. Aqui, nós não temos taxas de vacinação suficientes para sustentar esses índices positivos, não é hora de relaxar", recomentou.
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